O fretamento de aeronaves executivas está longe de voltar ao patamar anterior à recessão, segundo Leonardo Fiuza, presidente do conselho de administração da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag). “É fato que, por causa da crise, teve quem vendeu e está fretando. Mas o mercado estava tão ruim, que houve uma pequena melhora”, diz o executivo, que também comanda a TAM Aviação Executiva.

O fretamento é muito sensível aos ciclos econômicos, explica Fiuza, já que a maior demanda vem de empresas que precisam movimentar seus funcionários pelo País.

Na Líder, maior empresa do segmento no Brasil, com 62 aeronaves e sede em Belo Horizonte, houve um aumento de 18% no número de horas fretadas nos sete primeiros meses deste ano, na comparação com o mesmo período de 2017. “As eleições dão uma aquecida, então

fica difícil saber o que realmente vai ficar após esse período”, afirma o presidente, Eduardo Vaz.

Segundo ele, ainda que tenha havido uma recuperação em 2018, o volume de fretamento atual é cerca de 20% inferior à média registrada entre 2007 e 2012, período em que o setor viveu um “boom”.

As margens da Líder também acabaram sendo comprimidas nos últimos anos e hoje correspondem a 75% da média histórica. Entre 2015 e 2016, no entanto, esse número chegou a 50%, de acordo com Vaz.

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Apesar da debilidade do setor, a companhia comprou um jato de US$ 5 milhões neste ano e, na virada de 2017 para 2018, um modelo da Embraer de US$ 7 milhões. “Mas agora, para compensar, estamos vendendo uma aeronave antiga. São investimentos pé no chão. O mercado não está tão pujante para justificar um investimento agressivo”, acrescenta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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