Desde o Concílio Vaticano II, há 54 anos, com o papa João XXIII, a Igreja Católica não assumia de forma tão veemente a opção pastoral pelas populações mais carentes, como o fez o pontífice Francisco na 69ª Conferência Episcopal Italiana. Com o franciscano João o catolicismo se renovou e rejuvenesceu a partir da Teologia da Libertação, centrada na “opção preferencial pelos pobres”. Com o jesuíta Francisco, essa tema novamente ganha força. Na Conferência ele pediu que todos os padres saiam às ruas e “cuidem dos pobres”. Mais: cobrou de todos os bispos o que parecia inimaginável um papa cobrar: que “abram mão de bens e propriedades”, que façam eles próprios a opção pela pobreza. Trata-se de um grande avanço do Vaticano.