A França vive, a partir desta sexta-feira (8), sua segunda onda de calor do período de verão, com temperaturas de até 41ºC, que podem agravar a seca no sul do país e provocar novos incêndios.
A primeira, que atingiu o país europeu entre 19 de junho e 6 de julho, registrou 480 mortes adicionais acima dos níveis habituais, indicaram as autoridades sanitárias.
A nova onda de calor, que terá seu pico no domingo (10) e no início da próxima semana, chega enquanto os bombeiros seguem lutando para extinguir um incêndio perto de Narbona, no sul do país.
O fogo se propagou por 17 mil hectares, antes de ser estabilizado na tarde de quinta-feira (7), deixando uma morte. É um dos piores incêndios na França desde a Segunda Guerra Mundial.
O serviço meteorológico Météo-France decretou alerta laranja, o segundo mais alto, em 11 departamentos do sul, nesta sexta-feira, aos quais se juntarão mais seis no sábado.
Com temperaturas de até 41ºC no domingo, a Météo-France também alertou de um risco “elevado” de incêndios na região mediterrânea, que poderia agravar a seca e o temor dos viticultores.
“As temperaturas muito altas devem se intensificar no início da próxima semana” e se manter pelo menos até a segunda metade da semana, afirmou o serviço meteorológico.
Em Lyon, a cidade francesa que frequentemente está em alerta por ondas de calor, os moradores se preparam para este novo aumento de temperaturas que devem chegar perto dos 40ºC neste fim de semana.
Sob uma pérgola na praça Bellecour, Séléna, uma funcionária de 22 anos da rede de transporte, faz uma pausa: “Tento me proteger do sol”.
Os cientistas alertam há anos sobre o impacto da mudança climática nas ondas de calor, secas e outros fenômenos meteorológicos extremos, cada vez mais intensos e frequentes.
O mundo viveu o terceiro mês de julho mais quente já registrado, com uma temperatura média 1,25ºC superior ao mesmo período da era pré-industrial (1850-1900), segundo o serviço meteorológico europeu Copernicus.
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