A França tentará manter a posse de bola na semifinal da Copa do Mundo do Catar para conseguir furar a sólida defesa do Marrocos e minimizar os riscos de sofrer contra-ataques, disse nesta terça-feira o técnico dos ‘Bleus’, Didier Deschamps.

“O Marrocos foca no contra-ataque, como muitos outros, porque quando você rouba a bola do adversário, pode criar chances de marcar rapidamente”, disse o técnico em entrevista coletiva em Doha, um dia antes do duelo com os marroquinos.

“O Marrocos sabe como fazer isso, temos um plano que podemos adaptar durante o jogo. Neste caso, temos que ter a posse o máximo que pudermos, mas usando-a para criar problemas aos nossos adversário”, acrescentou.

Deschamps, de 54 anos, desejou que sua equipe encontre os caminhos para furar a zaga marroquina, a menos vazada desta Copa do Mundo, com um gol sofrido em cinco jogos.

“Espero que encontremos a solução. Mas eles não são bons só na defesa, não teriam chegado às semifinais se só fossem bons na defesa. Eles são muito organizados, mantêm sua forma muito bem e têm atacantes muito bons quando partem para a ofensiva. São muito eficientes”, disse o técnico francês.

“Vimos seus jogos e tentamos anotar algumas coisas que vimos para tentar criar oportunidades de marcar”, acrescentou.

Deschamps destacou o talento de seus jogadores, que têm a chance de transformar a França na primeira seleção desde o Brasil de Pelé (1958 e 1962) a ganhar duas Copas do Mundo consecutivas.

“Por enquanto, chegamos à semifinal, isso já é uma conquista. Mas não existe segredo, é preciso que as coisas estejam em ordem. O primeiro é ter grandes jogadores, sem eles não se pode chegar tão longe em um Mundial, mas também é preciso um bom espírito de equipe”, explicou.

“Às vezes os jogos são definidos em pequenos detalhes, então às vezes é necessário um pouco de sorte”, disse Deschamps.

O técnico francês também valorizou o nível exibido pelo atacante Antoine Griezmann (três assistências) ao longo do torneio no Catar.

“Vamos precisar que amanhã ele esteja tão bem como tem estado. É o tipo de jogador que realmente pode mudar a equipe, porque é muito trabalhador, trabalha muito forte. Gosta de defender tanto como atacar e ser um criador de jogadas. É alguém que sempre pensa no coletivo acima de tudo”, afirmou o treinador.

França e Marrocos se enfrentam na quarta-feira (14), no estádio Al-Bayt, em Al-Khor, por uma vaga na final da Copa do Mundo do Catar.

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