Será esse o dia de glória para a equipe de Nicolas Batum? A seleção francesa de basquete luta para conseguir realizar a façanha de se sagrar campeã olímpica pela primeira vez, nesta sexta-feira às 23h30 (horário de Brasília, madrugada de sábado em Tóquio) contra o ‘Team USA’ de Kevin Durant, que busca seu quarto ouro consecutivo.

As chances são tão poucas que o técnico da França, Vincent Collet, disse, depois de derrotar a Eslovênia de Luka Doncic por 90-89 na quinta-feira, que “ganhar o ouro tornaria esta final, já histórica, lendária para o basquete francês”.

– Duas vitórias dos Bleus –

Será a terceira vez, depois de 1948 e 2000, que a França disputará a final olímpica masculina. Nessas duas ocasiões, perdeu para os Estados Unidos.

É bom lembrar que em 18 partidas nos Jogos, a equipe da NBA venceu 15 e apenas a URSS a derrotou em uma final. Aconteceu em Munique-1972 e Vincent Collet lembra: “Aleksandr Belov fez a cesta da vitória, eu tinha 9 anos, e desde então sonho em disputar a final dos Jogos”.

Quase meio século depois, foi a sua equipe quem conseguiu repetir o feito. A França venceu os Estados Unidos em sua primeira partida destes Jogos (83-76) e também nas quartas de final do Mundial de 2019 na China (89-79).

Após o último confronto entre as duas equipes, Collet abordou o técnico americano, o lendário Gregg Popovich, que quer fechar um recorde que inclui cinco anéis da NBA com um ouro, e lhe disse que sonhava em reencontrá-lo na final.

– ‘Uma obra prima’ –

A França chega à decisão depois de sofrer contra a Itália e passar sufoco diante da Eslovênia, contra a qual conseguiu segurar Doncic – que fez um triplo-duplo com 18 assistências – e na qual Klemen Prepelic poderia ter garantido a vitória mas foi interceptado por um toco crucial de Nico Batum.

Depois de uma preparação caótica, com seus três finalistas da NBA (Middleton, Holiday e Booker) desembarcando no Japão faltando pouco para o início dos Jogos, os Estados Unidos vêm crescendo, mostrando todo o seu potencial nas segundas partes dos jogos contra Espanha e Austrália, após duas primeiras em que parecia vulnerável.

Seu líder Kevin Durant, que não havia começado bem na capital japonesa, vem se destacando nos últimos jogos, tornando-se o maior cestinha de seu país na história dos Jogos, à frente de Carmelo Anthony.

Outros que também se acertaram com ele foram Jayson Tatum e Devin Booker.

“Não vai ser fácil, não é a mesma equipe de há duas semanas. Eles alcançaram o ritmo de ‘KD’ (Kevin Durant)”, declarou Batum.

Admirável na sua abnegação defensiva, o capitão francês deve mais uma vez ser o cérebro de uma equipe em que seus cestinhas Nando De Colo e Fournier brilharam contra a Eslovênia. Outra peça fundamental contra os Estados Unidos será Rudy Gobert, o melhor defensor da NBA.

“Nunca pensamos que, ao vencê-los no início do torneio, seríamos melhores do que eles. Mas ainda temos a ambição de fazê-lo. Teremos que inventar um novo caminho. Teremos que permanecer fiéis à nossa identidade”, afirmou Collet.

“Teremos que fazer uma obra-prima”, acrescentou.

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