Um avião de carga com dez milhões de máscaras médicas pousou nesta segunda-feira no aeroporto de Paris-Vatry, como parte da “ponte aérea” estabelecida entre a China e a França para enfrentar a epidemia de COVID-19, constatou um fotógrafo da AFP.
O avião, um Antonov-124 da empresa Volga, é o primeiro a fazer essa ponte organizada pela companhia de logística Geodis em nome do Estado, disse à AFP Eric Martin-Neuville, diretor geral da comissão de transporte internacional da Geodis.
Quatro voos estão previstos a cada semana com duas aeronaves desse tipo fretadas de uma empresa russa com sede em Krasnoyarsk. Segundo a administração do aeroporto, “a próxima entrega ocorrerá na quarta-feira e dezesseis voos já estão agendados para abril”.
A França enfrenta uma escassez de máscaras protetoras, entre outros equipamentos, para lidar com a propagação da epidemia.
“Asseguramos o meio de transporte por um mês e renovável por mais um mês ou mais”, detalhou Martin-Neuville.
O Antonov-124 pode transportar 650 m3 de mercadorias, ou 10 a 13 milhões de máscaras por voo, segundo ele.
Outro voo da Air France pousou no aeroporto de Paris Roissy no domingo com 5,5 milhões de máscaras.
No sábado, o governo, que enfrenta críticas crescentes, anunciou o estabelecimento dessa ponte aérea e a encomenda total de “mais de um bilhão” de máscaras, especificando que os profissionais da saúde precisam de 40 milhões de máscaras por semana, enquanto a capacidade de produção semanal na França é de cerca de 8 milhões.
Além da saúde, outras profissões querem beneficiar, como a polícia, por exemplo.