A França recebeu, nesta segunda-feira (4), cinco afegãs ameaçadas pelo regime Talibã no Afeganistão depois de retirá-las do Paquistão, onde estavam refugiadas, anunciaram as autoridades francesas.

“Ainda não consigo acreditar. Parece um sonho”, disse à AFP Hafsa, uma ex-professora de 28 anos, ao chegar no aeroporto Roissy, em Paris. Os talibãs pediram a ela que deixasse de ensinar e a ameaçaram se entrasse em contato com seus alunos.

As mulheres acolhidas “ocuparam posições importantes na sociedade afegã ou têm vínculos estreitos com os ocidentais”, afirmou diretor da Agência Francesa de Imigração e Integração (Ofii), Didier Leschi.

O grupo inclui uma ex-diretora de universidade, una consultora de ONGs, uma apresentadora de televisão, entre outras.

As mulheres não conseguiram fugir nos voos ocidentais de retirada de Cabul quando os talibãs retomaram o poder em 2021 e escaparam com seus próprios recursos para o Paquistão.

Desde que retornaram ao poder há dois anos, as autoridades talibãs adotaram uma interpretação rígida do islã, em particular no que diz respeito às mulheres, o que a ONU chamou de “apartheid de gênero”.

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