20/01/2019 - 10:58
De visita a Tóquio esta semana, representantes do Estado francês pediram ao Japão que contemple uma fusão entre a Renault e a Nissan, dois meses depois da detenção de Carlos Ghosn, promotor da aliança entre esses dois grupos – informou a imprensa japonesa neste domingo (20).
O Estado francês é o primeiro acionista da Renault, com 15,01% do capital, enquanto a Nissan tem 15% do construtor francês, sem direito a voto na assembleia geral.
E, enquanto a Renault controla 43% do fabricante japonês Nissan, o qual salvou da falência há 20 anos, a Nissan conta com 34% da Mitsubishi Motors, última empresa a integrar essa aliança que surgiu em 1999.
Durante uma reunião com autoridades japonesas, a delegação francesa pôs sobre a mesa um pedido de fusão, informou a agência de notícias Kyodo, neste domingo, citando fontes próximas ao caso.
Essa possibilidade conta com o aval do presidente francês, Emmanuel Macron, completou a Kyodo.
O jornal econômico japonês Nikkei relata que a Nissan se opõe a dar maior influência à França na empresa.
Em visita ao Egito, o ministro francês da Economia, Bruno Le Maire, desmentiu neste domingo as versões publicadas pela imprensa japonesa e disse que a perspectiva de uma fusão Renault-Nissan “não está sobre a mesa”.
“O tema não está sobre a mesa hoje. O que está sobre a mesa hoje é a gestão da Renault”, afirmou Le Maire, no Cairo.