De visita a Tóquio esta semana, representantes do Estado francês pediram ao Japão que contemple uma fusão entre a Renault e a Nissan, dois meses depois da detenção de Carlos Ghosn, promotor da aliança entre esses dois grupos – informou a imprensa japonesa neste domingo (20).

O Estado francês é o primeiro acionista da Renault, com 15,01% do capital, enquanto a Nissan tem 15% do construtor francês, sem direito a voto na assembleia geral.

E, enquanto a Renault controla 43% do fabricante japonês Nissan, o qual salvou da falência há 20 anos, a Nissan conta com 34% da Mitsubishi Motors, última empresa a integrar essa aliança que surgiu em 1999.

Durante uma reunião com autoridades japonesas, a delegação francesa pôs sobre a mesa um pedido de fusão, informou a agência de notícias Kyodo, neste domingo, citando fontes próximas ao caso.

Essa possibilidade conta com o aval do presidente francês, Emmanuel Macron, completou a Kyodo.

O jornal econômico japonês Nikkei relata que a Nissan se opõe a dar maior influência à França na empresa.

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Em visita ao Egito, o ministro francês da Economia, Bruno Le Maire, desmentiu neste domingo as versões publicadas pela imprensa japonesa e disse que a perspectiva de uma fusão Renault-Nissan “não está sobre a mesa”.

“O tema não está sobre a mesa hoje. O que está sobre a mesa hoje é a gestão da Renault”, afirmou Le Maire, no Cairo.


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