França liberta avós de menino que morreu em 2023 em circusntâncias não esclarecidas

Os avós de um menino francês que morreu em circunstâncias não esclarecidas em uma cidade nos Alpes em 2023 foram liberadis na manhã desta quinta-feira, embora o Ministério Público tenha declarado que o caso “ainda não foi encerrado”.

A longa investigação sobre o misterioso desaparecimento e morte de Émile Soleil, de dois anos e meio, tomou um rumo diferente na terça-feira, quando a polícia prendeu seus avós maternos, um tio e uma tia.

No entanto, depois de passar quase 48 horas sob custódia policial, os quatro familiares, detidos por suspeita de “homicídio culposo” e “ocultação de cadáver”, foram soltos sem acusações.

“As pessoas que foram presas foram colocadas em liberdade” porque não havia “evidências suficientes para justificar uma acusação”, disse o promotor Jean-Luc Blachon em uma entrevista coletiva.

Mas a investigação sobre a família “ainda não terminou”, disse Blachon, pois é “provável” que alguém esteja envolvido no desaparecimento e morte de Émile, cujo crânio apresentava “trauma facial violento”.

O menino passava o verão na casa de férias dos avós maternos, na pequena Le Haut-Vernet, localizada a uma altitude de 1.200 metros nos Alpes, quando desapareceu em 8 de julho de 2023.

Na última vez que foi visto vivo estava caminhando por uma de suas ruas.

A mãe e o pai de Émile estavam ausentes no dia de seu desaparecimento, embora seus avós e outros familiares estivessem presentes.

Em março de 2024, um montanhista encontrou seu crânio e dentes em uma floresta a 1,7 km da vila. Porém, “as roupas e os ossos encontrados foram transportados e colocados pouco antes de serem descobertos”, afirmou o promotor.

Em 13 de março, os investigadores apreenderam um grande vaso de flores colocado na entrada da igreja de Saint-Martin, em Le Haut-Vernet, no qual foram encontrados vestígios de sangue, disse uma fonte próxima ao caso na terça-feira.

O desaparecimento de Émile chocou os franceses, especialmente porque a descoberta do corpo do pequeno Grégory, um menino de quatro anos, no mesmo dia em que ele desapareceu em 1984, continua sendo um marco permanente na memória coletiva do país.

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