Papa Massata Diack, filho do ex-chefe de atletismo mundial Lamine Diack, terá que comparecer novamente ao tribunal na França devido a um caso ligado ao doping na Rússia em 2011, conforme decidido pelo tribunal superior nesta quarta-feira (6).

A Corte de Cassação ordenou o novo julgamento de Papa Massata Diack, condenado a cinco anos de prisão por corrupção e cumplicidade em corrupção passiva, depois de anular parte da condenação pela última acusação.

De acordo com a decisão da Suprema Corte, o tribunal de apelação não justificou adequadamente sua culpa como cúmplice de corrupção passiva.

Em março de 2023, o tribunal condenou, após recurso, o ex-gerente de marketing da Federação Internacional de Atletismo (IAAF, renomeada World Athletics) a cinco anos de prisão e multa de 500 mil euros (valor em 3 milhões de reais na cotação atual).

A anulação parcial oferece mais um alívio ao réu, que foi considerado culpado, juntamente com seu pai – que faleceu em 2021 – em primeira instância em setembro de 2020.

Para os juízes, os dois criaram um sistema de corrupção para atrasar o processo de suspensão de atletas russos suspeitos de doping.

Isso permitiu que alguns deles participassem das Olimpíadas de Londres em 2012.

Em troca, os patrocinadores russos renovaram seus contratos com a IAAF antes do Campeonato Mundial de Atletismo de 2013 em Moscou.

Papa Massata Diack também é acusado de ter desviado cerca de 15 milhões de euros (valor em 92 milhões de reais) em comissões “exorbitantes” sobre contratos de patrocínio e direitos de televisão.

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