França e Alemanha assinaram, nesta sexta-feira (26), em Paris, um acordo para ativar a fase de desenvolvimento de um protótipo de seu futuro tanque, o MGCS, após conseguirem fixar a divisão de tarefas entre as indústrias de ambos os países.

O Sistema Principal de Combate Terrestre (MGCS, em sua sigla em inglês) deverá substituir os tanques Leclerc francês e Leopard alemão até 2040, como um “sistema de sistemas”.

Esse veículo de combate contará com importantes avanços tecnológicos (inteligência artificial, drones, lasers…). “Não é o tanque do futuro, mas sim o futuro do tanque”, celebrou o ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu.

Mas, desde 2017, esse projeto emblemático da cooperação entre os dois países europeus estava paralisado em virtude da rivalidade entre as indústrias e da diferença sobre as necessidades militares dos dois países.

Sete anos depois, Lecornu e seu contraparte alemão, Boris Pistorius, puseram fim a esses desentendimentos com a assinatura de um protocolo que compartilha em 50% os trabalhos para o desenvolvimento de um protótipo entre os fabricantes dos dois países.

“No início do projeto, havia uma visão. Entre a visão e sua realização, evidentemente, se levou muito tempo e esforço, mas a assinatura de hoje é realmente um fato”, celebrou o alemão.

O MGCS, financiado em partes iguais por Paris e Berlin, é liderado pela KNDS, uma entidade formada pelo grupo francês Nexter, fabricante do Leclerc, e do alemão KMW, que monta o Leopard 2.

Mas a chegada em 2019 do fabricante alemão Rheinmetall obrigou a revisar o compartilhamento previsto. O acordo firmado designa uma indústria responsável pela maioria dos oito pilares a serem desenvolvidos.

Após o acordo, começa uma negociação com os fabricantes para desenvolver o protótipo do MGCS. “O objetivo é ter os contratos até o final do ano”, apontou Pistorius.

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