A França compartilhou nesta quinta-feira (14) sua “preocupação” sobre “o preço alto pago” pelos jornalistas no conflito entre Israel e o Hamas, e garantiu que continuará com os esforços para retirar os funcionários da Agence France-Presse (AFP) que estão na Faixa de Gaza.

“Mantemos os nossos esforços em relação aos funcionários da AFP”, declarou o porta-voz adjunto do Ministério das Relações Exteriores, Christophe Lemoine, que destacou se tratar de “uma operação complexa”.

“Trabalhamos desde outubro para permitir a saída dos franceses da Faixa de Gaza, assim como de seus familiares, e garantimos a saída dos agentes palestinos do Instituto Francês de Gaza”, pontuou Lemoine.

A França conseguiu retirar, no total, 154 pessoas dos territórios palestinos, acrescentou o porta-voz.

“Quanto aos funcionários palestinos de empresas francesas, de ONGs, assim como personalidades que nos foram pontuadas, seguimos buscando soluções com nossos parceiros na região para extraí-los com segurança da Faixa de Gaza”, continuou.

Além disso, Lemoine prestou homenagem aos jornalistas mortos durante o exercício da profissão.

“Quero compartilhar a preocupação da França sobre o preço alto pago pelos jornalistas no âmbito do conflito entre Israel e o Hamas”, sublinhou.

“Os civis devem ser protegidos e é especialmente o caso dos jornalistas. Devem ter o direito de exercer sua profissão livremente e em total segurança”, indicou ele, antes de dizer que se trata de uma obrigação internacional e de um “imperativo moral”.

Pelo menos 63 jornalistas e empregados de veículos – 56 palestinos, quatro israelenses e três libaneses – foram mortos desde 7 de outubro, segundo o Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ).

Cerca de 40 profissionais, que colaboram com a AFP, e seus familiares continuam esperando para sair da Faixa de Gaza.

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