A seleção francesa de vôlei masculino sagrou-se campeã olímpica pela primeira vez na história ao derrotar a equipe do Comitê Olímpico Russo por 3 a 2, neste sábado (7), na Ariake Arena, na capital japonesa.

O time francês, que nunca havia subido ao pódio olímpico, surpreendeu ao conquistar o ouro: a vitória veio com parciais de 25-23, 25-17, 21-25, 21-25, 15-12, graças a uma grande atuação Earvin Ngapeth, que fez 26 pontos na decisão.

Os franceses chegaram à final ao vencer a Argentina por 3 a 0 nas semifinais, embora o grande golpe tenha sido dado nas quartas de final, quando derrubaram bicampeã mundial Polônia (3 a 2), que havia liderado seu grupo na primeira fase com autoridade e compartilhava o status de favorito ao lado do Brasil.

Já os representantes do Comitê Olímpico Russo, liderados por Maxim Mikhaylov, chegaram à final após vencer o Brasil (3 a 1), atual campeão olímpico, nas semifinais.

Mais cedo, neste sábado, o Brasil perdeu para a Argentina por 3 sets a 2 na disputa pelo terceiro lugar e os adversários conquistaram o bronze olímpico no vôlei masculino pela segunda vez em sua história, 33 anos depois de Seul-1988, neste sábado em Tóquio.

Os argentinos chegaram a ficar em uma desvantagem de dois sets a um no placar, mas conseguiram vencer os dois últimos e fechar com parciais de 25-23, 20-25, 20-25, 25-17 e 15-13.

– A revolução francesa antes de Paris-2024 –

A França surpreendeu o planeta do vôlei com um triunfo que evitou a segunda medalha de ouro para o Comitê Olímpico Russo, depois da conquistada em Londres-2012, sem somar as três com a camisa da União Soviética.

No primeiro set, os russos saíram na frente apoiados pelos contra-ataques implacáveis do oposto Mikhaylov, mas os Bleus seguraram a distância e tiveram uma recuperação tremenda, na rotação no saque com Antoine Brizard, ganhando por 25-23.

O elenco de Laurent Tillie mostrou toda a sua qualidade com Earvin Ngapeth, imparável desde o início.

Os russos, liderados pelo finlandês Tuomas Sammelvuo, sofreram mais uma vez o duro serviço dos gauleses, que se mantiveram firmes no bloqueio, dobrando e triplicando a vantagem em alguns momentos, e decolaram no placar para jogar confortavelmente até os 25-17.

Mas no terceiro set a ascensão de Mikhaylov pendeu a balança para os russos, que fecharam em 25 a 21, em 30 minutos.

Egor Kliuka, superando o bloqueio francês, foi o porta-estandarte da recuperação russa no quarto set (25-21), para forçar o quinto, após 31 minutos intensos.

Já no tie-break e quando parecia que os russos jantavam a França, a rebelião chegou. Os franceses ajustaram o saque, evitaram erros não forçados e, com os excelentes passes de Brizard para Jean Patry e Ngapeth, abraçaram a glória olímpica, antes de sediar os Jogos de Paris-2024.

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