O irmão de um dos homens-bomba dos atentados de novembro em Paris foi condenado nesta quarta-feira pela justiça francesa a nove anos de prisão por participar de uma rede extremista na Síria, juntamente com outros seis réus.

Os sete jovens, com entre 24 e 27 anos, procedentes do leste da França, viajaram para a Síria entre dezembro de 2013 e abril de 2014. Todos foram condenados a penas entre seis e nove anos de prisão, com um período que não pode ser reduzido de dois terços da pena.

A sentença mais severa foi pronunciada contra Karim Mohamed-Aggad, cujo irmão Foued foi identificado como um dos homens-bomba da casa de espetáculos Bataclan, onde morreram 90 das 130 vítimas dos atentados de 13 de novembro.

O condenado deve recorrer da condenação.

Durante o julgamento, que durou dez dias, os acusados apresentaram atitudes muito diferentes, alguns exibindo sorrisos irônicos e outros mantendo uma postura séria, enquanto os advogados de todos eles tentavam dissipar a sombra dos massacres de novembro.

Todos disseram que tinham retornado à França após dois ou três meses na Síria para não participar nos combates entre grupos rebeldes.

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Eles também tentaram convencer o tribunal de que, embora tenham viajado para o país em guerra para “lutar” contra o regime sírio e se reunir com Mourad Farès, um recrutador conhecido dos serviços de inteligência franceses, eles nunca quiseram se juntar especificamente ao grupo Estado Islâmico.

Eles explicaram que retornaram depois de constatarem a falta de unidade entre grupos rebeldes, e um dos acusados ​​disse que sua expedição teve apenas um “objetivo religioso”.


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