As autoridades francesas colocaram 20 departamentos sob vigilância reforçada devido a um número crescente de casos de coronavírus, anunciou o primeiro-ministro Jean Castex na quinta-feira (25).

Esses departamentos – um quinto do total e que incluem Paris e seus subúrbios – “acumulam indicadores desfavoráveis”, alertou o primeiro-ministro em coletiva de imprensa transmitida pela televisão.

Neles há uma incidência de cerca de 250 casos por 100 mil habitantes, uma pressão hospitalar “perto do limite crítico” e uma “circulação viral que começa a acelerar seriamente”, explicou.

O chefe do governo francês pediu às autoridades locais que iniciassem negociações para aceitar novas restrições sanitárias a partir do fim de semana de 6 de março “se a situação continuar a piorar”.

No departamento dos Alpes-Marítimos (sul) e na aglomeração de Dunkerque (norte), foram já implementadas medidas de confinamento durante o fim de semana.

Depois de ter implementado dois confinamentos nacionais, o governo francês está comprometido com uma nova estratégia com medidas mais localizadas para combater a pandemia.

O objetivo é evitar a todo custo um terceiro confinamento total, que seria devastador para a economia e poderia ter um alto custo político 14 meses antes das eleições presidenciais.

“Tudo o que for possível deve ser feito para atrasar” um possível confinamento para “dar tempo para a vacinação fazer efeito”, disse Castex.

A nível nacional, já existe um toque de recolher em vigor entre as 18h00 e as 06h00 e os restaurantes, cafés, bares, museus e cinemas estão fechados.

Mais de 85.000 pessoas morreram devido ao coronavírus na França, um dos países da Europa mais afetados pela pandemia.