França amplia exigência de ‘passe sanitário’ apesar de protestos

PARIS, 9 AGO (ANSA) – Mesmo com quatro fins de semana consecutivos de protestos, a França ampliou a exigência do uso do certificado sanitário contra a Covid-19 nesta segunda-feira (9). A partir de agora, o documento será obrigatório para ir a bares, restaurantes, cinemas, teatros, hospitais e viagens intermunicipais e interregionais por avião, trem ou barco.   

O certificado sanitário comprova que a pessoa se vacinou contra a doença; se recuperou da Covid-19 nos últimos 180 dias; ou tem um teste negativo para o coronavírus Sars-CoV-2 realizado em menos de 72 horas.   

“O objetivo do passe sanitário nos transportes é incentivar a vacinação e a preservação da liberdade”, disse o ministro dos Transportes, Jean-Baptiste Djebbari, nesta segunda-feira à imprensa.   

Quem for flagrado entrando em algum lugar sem o “passaporte sanitário” pagará uma multa de 135 euros (cerca de R$ 830) – e há punições para os estabelecimentos também. Quem tentar usar o certificado de outro pessoa, porém, pagará uma multa ainda mais pesada, de até 750 euros (R$ 4,6 mil).   

Até esse domingo, o documento era exigido apenas para eventos culturais – que são comumente realizados em espaços fechados. O governo ainda impõe que o passe seja obrigatório para ir a hospitais, mas ressalta que “isso não representa um freio” no caso de emergências médicas.   

A implementação do certificado gerou uma onda de protestos por toda a França desde o fim de julho. Neste sábado (7), os atos foram registrados em mais de 150 cidades, reunindo milhares de pessoas. Além dos que protestam contra a obrigatoriedade do documento – incluindo muitos empresários do setor de serviços -, as manifestações contam com muitos grupos antivacina. (ANSA).