O Irã cometerá “um grave erro”, se violar o acordo nuclear de 2015 – advertiu nesta terça-feira (25) o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian.

“As diplomacias francesa, alemã e britânica estão totalmente mobilizadas para fazer o Irã entender que não é de seu interesse”, disse Le Drian à Assembleia Nacional, pedindo “ações conjuntas para evitar uma escalada” no Golfo.

De acordo com Le Drian, a violação deste tratado também seria uma “má resposta para a pressão exercida pelos Estados Unidos”.

Em um contexto de crescentes tensões entre Washington e Teerã, o Irã anunciou em 8 de maio que não se sentia obrigado a respeitar os limites deste acordo concluído em 2015, em Viena. Nesta data, seis potências internacionais firmaram o pacto sobre as reservas de água pesada e urânio enriquecido iranianas.

Apresentado em resposta à decisão de Washington um ano antes de se retirar unilateralmente do acordo e voltar a impor sanções contra a República Islâmica, o anúncio foi acompanhado de um ultimato.

Teerã deu “60 dias” aos demais Estados signatários do Pacto de Viena (China, França, Alemanha, Reino Unido e Rússia) para ajudar o país a escapar das sanções, especialmente aquelas que atingem seu sistema financeiro e suas exportações de petróleo.