O fotojornalista americano James Nachtwey, “um dos melhores repórteres de guerra das últimas décadas”, conquistou nesta quinta-feira o prêmio Princesa de Astúrias de Comunicação e Humanidades, anunciou o júri.

Nachtwey foi premiado por “seu compromisso profissional (que) o levou a cobrir cerca de trinta conflitos bélicos e crises humanitárias sem abdicar dos princípios éticos do informador nem maquiar a decisão da câmera”.

“Como testemunha lúcida do sofrimento humano, seu magistério se prolonga a várias gerações de fotojornalistas de todo o mundo”, concluiu o presidente do júri, Víctor García de la Concha, ao ler o ato de concessão do prêmio em Oviedo (Astúrias, norte).

Nachtwey, de 68 anos e que começou como fotógrafo de imprensa em meados dos anos 1970, cobriu ao longo de sua carreira conflitos em países como Líbano, El Salvador ou Chechênia, entre outros.

Também esteve em Ruanda, onde uma de suas fotos, a de um jovem hutu com o rosto repleto de cicatrizes de machadadas, ganhou o prestigiado World Press Photo de 1994, prêmio que também havia conquistado em 1992.

Autodidata, a maioria de suas fotografias são em preto e branco e foram expostas em vários países do mundo.

O prêmio Princesa de Astúrias de Comunicação, concedido no ano passado ao filósofo espanhol Emilio Lledó, é o segundo dos oito prêmios entregues todos os anos pela Fundação Princesa de Astúrias.

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