 "Mário Barila/Divulgação")
Diamantina e Ouro Preto, duas joias de Minas Gerais tombadas como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, são o cenário do mais recente ensaio fotográfico do renomado fotógrafo e ambientalista Mário Barila. O trabalho busca não apenas celebrar a beleza arquitetônica e cultural dessas cidades históricas mineiras, mas também arrecadar fundos essenciais para o Projeto Água Vida, iniciativa criada por Barila para impulsionar ações educativas e socioambientais.
A beleza de Minas em foco: bailarinas em cenários históricos
A série fotográfica de Minas Gerais captura a essência de alguns dos mais icônicos cartões-postais da região, com uma abordagem artística que inclui a participação de bailarinas locais. Em Diamantina, o Centro Histórico, com suas ruas de pedra e construções coloniais, serviu de palco. Destaque para a Casa da Glória (também conhecida como Passadiço da Glória), uma estrutura imponente do século XVIII, onde as bailarinas Laura Alvarenga, Pietra Tangari, Maria Clara Soares e Laura Barbosa realçaram sua majestade com movimentos graciosos. Esta edificação é um símbolo da campanha de tombamento pela Unesco.
Em Ouro Preto, polo da arte barroca, as bailarinas Sara Paiva, Karita Sais, Barbara Torrent, Ingrid Joyce Diniz e Alice Abelha Cheid dançaram pelos principais pontos turísticos. As imagens mais impactantes do ensaio foram produzidas na Casa de Santos Dumont, residência da família do “pai da aviação”, um chalé do final do Império e a primeira construção dentro do conjunto monumental e histórico da cidade.
Clamor pela preservação do patrimônio e meio ambiente
Segundo Mário Barila, o ensaio fotográfico tem um propósito claro: chamar a atenção da sociedade para a beleza e a fragilidade das cidades históricas, que estão constantemente ameaçadas pelo tempo, vandalismo e degradação ambiental. “Esses Patrimônios da Humanidade guardam tesouros arquitetônicos e culturais que até hoje são alvos de estudo e fascinam visitantes do Brasil e do mundo, por isso precisam ser preservados”, enfatiza o fotógrafo.
O trabalho nas cidades históricas mineiras complementa o abrangente projeto socioeducativo de Barila, que já realizou ações de conscientização ambiental, como o plantio simbólico de árvores e exposições de fotos. Em Ouro Preto, por exemplo, projeções de imagens dos biomas brasileiros, capturadas por Barila, foram exibidas em “Noites Vicentinas” no Restaurante Chafariz.
Ao longo dos anos, o Projeto Água Vida tem sido um pilar na contribuição para iniciativas preservacionistas em Minas Gerais, incluindo a recuperação de áreas devastadas por acidentes ambientais, como o rompimento de barragens em Brumadinho e Mariana. Mais recentemente, Barila tem sido ativo na restauração das obras paisagísticas de Burle Marx em largos do centro histórico de Tiradentes, participando ativamente do plantio e doação de mudas. O ensaio fotográfico é mais um passo fundamental na missão de Barila de proteger e valorizar o inestimável patrimônio de Minas Gerais.