As estratégias para superar os desafios das mudanças climáticas e das novas formas de industrialização, além da necessidade de promover a diversidade racial nos ambientes corporativos, foram os temas centrais da abertura da 3ª edição do Fórum Internacional de Equidade Racial Empresarial 2023 nesta quinta-feira, em São Paulo.

Presidentes e CEOs de grandes empresas, especialistas do setor financeiro e do mercado corporativo, líderes acadêmicos e representantes do setor público estiveram reunidos na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Promovido pela Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial, pela própria Fiesp e pela associação Mover – Movimento pela Equidade Racial, o Fórum procura debater e ampliar a agenda de diversidade racial empresarial do Brasil a cada ano.

O tema principal de 2023 foi a relação entre as mudanças climáticas, inclusão, diversidade e neoindustrialização. O presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, afirmou que as mudanças climáticas, exemplificadas pelas enchentes nas grandes cidades e secas prolongadas, afetam principalmente as pessoas em situação de vulnerabilidade.

“O Brasil é parte da solução do problema da transição energética e da busca de uma matriz energética mais verde. Também é parte da solução encararmos o desafio da falta de equidade racial na nossa economia, nas nossas empresas”, acrescentou ele.

“Não é possível falar de sustentabilidade sem falar de inclusão e diversidade”, afirma Raphael Vicente, presidente da Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial. “Estamos alinhando a discussão no Brasil ao panorama internacional. O meio ambiente e a economia são importantes para as pessoas”, afirma.

VIRADA DA CONSCIÊNCIA

Em 2023, o Fórum faz parte do calendário da 6.ª Virada da Consciência, conjunto de ações promovida pela Universidade Zumbi dos Palmares e seus parceiros para celebrar o Mês da Consciência Negra. Nesse contexto, os líderes empresariais reafirmaram seu compromisso com a promoção da equidade racial, ampliando e fortalecendo a presença de profissionais negros no mercado de trabalho.

“É indispensável que a gente compreenda que o racismo e a discriminação produzem dor e sofrimento. E o não acesso ao ambiente de trabalho significa uma morte social premeditada”, afirmou o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente.

Também participaram da abertura do Fórum Dario Durigan, secretário executivo do Ministério da Fazenda; Ana Toni, secretária de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente; Vagner Freitas, presidente do Conselho Nacional do Sesi; Paulo Pereira, secretário executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) e Renato Rosa, superintendente regional dos Correios. O evento terá prosseguimento nesta sexta-feira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.