Pelo menos 13 pessoas morreram em cidades andinas da Venezuela, duramente atingidas pelas chuvas das últimas horas, informou a autoridade regional nesta terça-feira (24).

“Até o momento, podemos falar de 11 mortes em decorrências das chuvas na cidade de Tovar (…) e de duas crianças que morreram no município de Pinto Salinas”, no oeste do estado de Mérida, disse o governador Ramón Guevara em um vídeo oficial.

Chuvas caíram por várias horas no Vale dos Mocotíes, região agrícola muito visitada por turistas. Rochas gigantescas rolaram das montanhas danificando e bloqueando estradas.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram veículos sendo arrastados por um forte fluxo de água em Tovar. Em outros vídeos, os carros aparecem enterrados ou presos entre galhos, lama, destroços e móveis. A região ficou sem luz e serviço de telefonia.

Uma das vítimas é a mãe de um padre católico que viajava com sua família quando a enchente do rio os deixou presos na lama, disse à AFP Jesús Quintero, jornalista que mora em Mérida.

“A situação é dramática, triste, desesperadora. Perder tudo não é fácil, pior ainda, perder familiares. A tragédia de 2005 se repetiu”, disse.

O padre Darwin Ramírez, de San Francisco de Tovar, “conseguiu se salvar saindo pela janela de seu veículo”, informou a arquidiocese de Mérida no Twitter.

Além de Mérida, as chuvas afetaram outras regiões da Venezuela, incluindo a capital Caracas. O Instituto Nacional de Meteorologia e Hidrologia (Inameh) divulgou um alerta no qual prevê o aumento da vazão de rios em pelo menos seis estados.

Dos estados atingidos por fortes chuvas, três estão em alerta amarelo: Apure, Amazonas e Falcón. Bolívar, Guárico e Zulia estão em alerta vermelho.

Até agora, o governo do presidente Nicolás Maduro não informou um balanço oficial dos prejuízos gerados pelas chuvas em todo o país.