A queda registrada pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) em dezembro, de 1,23% em comparação a recuo de 0,16% em novembro, é explicada pelo alívio cambial ocorrido após o desfecho do processo eleitoral, avalia o economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa registrada em dezembro foi a menor em toda a série histórica do indicador, iniciada em setembro de 1993.

“Ao longo do ano, os preços ao produtor acumularam muita gordura, pressionados pelo real enfraquecido em relação ao dólar”, explicou ele. “Com a estabilização cambial, houve muita revisão para baixo de preços, principalmente em combustíveis, com as revisões da Petrobras”, disse.

De acordo com Braz, o diesel é um dos itens que melhor reflete o quadro inflacionário antes e após as eleições. O combustível apresentou desvalorização expressiva de 12,14% em dezembro, mas fechou 2018 com expansão de 9,68%, após alta acumulada de 14,98% em 2017.

O economista do Ibre/FGV espera que a taxa acumulada em 12 meses siga em desaceleração na próxima medição, de janeiro do ano que vem. “Em janeiro de 2018, houve alta de 0,79%. Ao mesmo tempo, o mês que vem deve continuar com taxa negativa, porém menos intensa, e contando com um efeito descarte, a taxa em 12 meses deve desacelerar”, comentou.


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