A Fórmula E, categoria de carros elétricos, já se prepara para sua 10ª temporada. Na última semana, em Valência, na Espanha, as equipes fizeram os primeiros testes de pré-temporada. Nesta semana, todas as atenções se voltaram para São Paulo, onde a organização do evento e a prefeitura municipal fizeram o lançamento oficial do E-Prix.

A capital paulista receberá seu segundo E-Prix em 16 de março, no circuito do Anhembi. Os ingressos já estão disponíveis para os fãs. A compra das entradas para a etapa paulistana na Fórmula E deve ser realizada no site https://eleventickets.com/produto/whitelabel/0/formula-e. Há entradas em todos os setores, e os valores a partir de R$ 300 (inteira).

Para a nova temporada, há mudanças importantes sobre os pilotos brasileiros da categoria. Lucas di Grassi deixou a indiana Mahindra e retornou à equipe onde conquistou seu título na Fórmula E, a ABT. O experiente piloto de 39 anos não fez um bom campeonato e terminou em 15º.

Já Sergio Sette Câmara continua na mesma escuderia, porém ela mudou de identidade. Antes, Nio 333, agora a equipe passa a se chamar ERT. O mineiro de 25 anos finalizou a última temporada na 20ª posição e teve dificuldades para se adaptar ao novo carro em um ambiente diferente ao que estava habituado na Fórmula E.

Para 2024, porém, Di Grassi e Sette Câmara têm expectativas positivas, uma vez que estão em equipes que já foram campeãs da Fórmula E. “O carro da geração 3 é bem rápido, está ajudando a categoria e atraindo montadoras importantes. De forma geral, é bom sublinhar que todos os pilotos brasileiros de destaque passaram pela F-E, com exceção ao Rubens Barrichello”, afirmou Di Grassi em visita ao Estadão.

Na capital paulista, a categoria dos carros elétricos encara sua maior reta do calendário, com 650 metros. Nessas condições, os veículos têm a possibilidade de chegar perto do seu máximo desempenho nas pistas. A Fórmula E, tradicionalmente, opta por montar suas provas em circuitos urbanos, incrustados nas grandes cidades.

Por causa das limitações dos traçados, as equipes fazem ajustes nos motores a fim de adaptá-lo às características do circuito. “Em tese, um carro de Fórmula E pode chegar a 322 km/h, mas, como usamos circuitos de rua, as equipes configuram os motores para limitar a velocidade a números um pouco mais baixos, dependendo do traçado”, explicou Sette Câmara.

Outra mudança relevante diz respeito ao recarregamento das baterias. Em algumas etapas, os pilotos terão de fazer um pit stop. “Cada inovação tecnológica que fazemos no campeonato não tem como intuito fazer com que a bateria dure mais ou que a corrida seja mais longa, mas que o carro vá cada vez mais rápido. A vantagem competitiva que temos em relação à Fórmula 1 é que queremos que os fabricantes invistam e desenvolvam o motor elétrico para torná-lo mais eficiente, sair das pistas e tomar as ruas”, disse Alberto Longo, cofundador da Fórmula E.

A 10ª temporada da Fórmula E vai debutar na Cidade do México no dia 13 de janeiro. Estão previstas 16 corridas em 11 países diferentes. A categoria ainda passará por Arábia Saudita, Índia, Japão, Itália, Mônaco, Alemanha, China, Estados Unidos e Inglaterra.