A 10ª temporada da Fórmula E, categoria de carros elétricos, começa neste fim de semana. Apesar das presenças de Lucas di Grassi e Sergio Sette Câmara como representantes do Brasil no grid, o fã da categoria no País não deve esperar títulos e vitórias em 2024. Na primeira etapa do ano, 22 pilotos aceleram na Cidade do México, no Autódromo Hermanos Rodríguez, para uma das corridas que mais contagia o público local.

Com relação aos pilotos brasileiros, houve mudanças significativas. Di Grassi, de 39 anos e o mais experiente do grid, deixou a indiana Mahindra e retornou à ABT, equipe com a qual conquistou seu único título na Fórmula E, em 2017. Mas as perspectivas não são das melhores, o time alemão ficou na lanterna da última temporada.

Já Sette Câmara, 25, permanece na mesma estrutura de equipe, que mudou de nome e ganhou novos investidores. Saiu de cena a Nio 333, entrou a ERT. Em 2023, a adaptação do piloto mineiro ao carro da terceira geração (Gen3) da Fórmula E foi difícil. Novamente, em 2024, não se espera facilidade. Pelo contrário, será uma temporada ainda mais difícil.

“Estamos entrando nesta temporada com expectativas realistas. Estamos cientes da nossa capacidade e esperamos uma temporada um pouco mais difícil do que a do ano passado. Nosso objetivo é defender o nono lugar no campeonato, mas sabemos que será um verdadeiro desafio. Trabalharemos duro para aproveitar todas as oportunidades que surgirem e entraremos em cada corrida com uma mentalidade positiva, sempre considerando algumas estratégias alternativas para pontuar alto onde pudermos e obter os dez primeiros lugares quando não pudermos ir além”, afirmou Russell O’Hagan, um dos chefes da ERT.

As primeiras corridas do ano servem de termômetro para poder apontar quais equipes são as favoritas para levar o campeonato. Jaguar e Porsche tinham motores mais fortes em 2023, e foi a consistência de Jake Dennis, à bordo de sua Andretti (com unidades de potência da Porsche), que levou a melhor no campeonato de pilotos. Já no torneio de construtores, a Envision, impulsionada por motor Jaguar, foi a campeã.

“Não acho que haja muito desenvolvimento que possa acontecer nesta temporada. Sempre há ajustes aqui e ali, mas é mais provável que seja um ajuste fino. Eu espero que equipes como a DS Penske definitivamente diminuam a distância para nós. Também será difícil vencer a Jaguar e a Porsche. Repetir o que fizemos no ano passado será extremamente difícil com tantos pódios e vitórias. Nunca é fácil quando a competição se encerra”, disse Dennis.

Em 2024, serão disputadas 16 corridas, em 10 países diferentes. Houve uma baixa: a prova em Hyderabad, na Índia, foi cancelada por divergências com novos governantes locais. No Brasil, a Fórmula E desembarca no dia 16 de março. Novamente, o circuito do Anhembi será montado para receber os carros. Antes, a F-E passa pela Arábia Saudita, em rodada dupla. Ainda compõem o calendário: Tóquio (Japão), Misano (Itália), Mônaco, Berlim (Alemanha), Xangai (China), Portland (EUA) e Londres (Inglaterra).

Uma das novidades dessa temporada é que os carros farão pit stop para recarregar suas baterias em determinadas provas, substituindo o formato da zona de ataque, em que os carros desviam o trajeto comum para ganhar mais potência. Novos testes para aprimorar o desenvolvimento da tecnologia acontecem na Cidade do México este fim de semana.

Confira a programação do E-Prix da Cidade do México

Sexta-feira – 12/01

19h25 – Treino livre 1

Sábado – 13/01

10h25 – Treino Livre 2

12h40 – Treino classificatório

17h03 – Corrida