Forças iraquianas e internacionais estão envolvidas na ofensiva iniciada nesta segunda-feira para a reconquista de Mossul, reduto do grupo extremista Estado Islâmico (EI) no Iraque.

Nem todas terão um papel direto nos combates para recuperar a segunda maior cidade do Iraque, de 1,5 milhão de habitantes, majoritariamente sunitas.

Grupo Estado Islâmico

Os extremistas do Estado Islâmico (EI) fortemente armados tiveram muito tempo para preparar a defesa da cidade, onde em junho de 2014 proclamaram seu califado entre o Iraque e a Síria. Depois da ofensiva de 2014 que rendeu ao grupo o controle de vastas partes do território ao norte e oeste de Bagdá, o EI perdeu espaço nos últimos dois anos ante as forças iraquianas.

Serviço de contraterrorismo (CTS)

As forças de elite CTS do Iraque, de sólida reputação, estão na primeira frente na maioria das batalhas contra o EI. Convocadas constantemente a contribuir ao esforço de guerra, pagam um alto preço.

Exército iraquiano

Fortalecido pelo treinamento recebido de assessores americanos, o exército iraquiano virou a página das derrotas de 2014 para os extremistas. Atualmente desempenha um papel importante nas operações contra o Estado Islâmico.

Polícia iraquiana

Reúne forças especiais, polícia federal paramilitar e agentes locais. Muitos homens atuam praticamente como combatentes na guerra antijihadista.

Coalizão internacional

A coalizão internacional contra o EI, liderada pelos Estados Unidos, ataca desde 2014 o grupo no Iraque e na Síria. Proporciona treinamento, armas e equipamentos às forças locais. Milhares de homens da coalizão estão mobilizados no Iraque, sobretudo em missões treinamento.

Peshmergas curdos

As forças de segurança da região autônoma do Curdistão iraquiano (norte) devem prestar contas, em tese, a Bagdá, mas na prática executam livremente suas operações contra os extremistas no norte do país.

Hashd al-Shaabi (Unidades de Mobilização Popular)

Esta organização criada em 2014 reúne dezenas de milícias, em sua maioria xiitas, que respondem oficialmente ao primeiro-ministro iraquiano. Muitos consideram que os grupos mais poderosos, como Ketaeb Hezbollah (Brigadas do Partido de Deus), são apoiados pelo Irã.

Estas milícias estiveram em postos avançados para deter o avanço do EI e afastar o grupo de cidades que havia conquistado. Mas também cometeram excessos, como execuções sumárias e sequestros.

Forças iranianas

O Irã fornece assessoria e assistência na luta contra o EI, sobretudo apoio financeiro a milícias que atuam na batalha. O general Qasem Soleimani, um dos principais comandantes da Guarda Revolucionária, o exército de elite do Irã, foi fotografado em várias ocasiões no país durante l guerra.

Forças turcas

Mobilizadas em uma base militar próxima de Mossul, a partir da qual executam ataques de artilharia contra o grupo extremista, as tropas turcas também estão presentes no Curdistão, apesar da contrariedade de Bagdá.