Forças navais no Oceano Índico anunciaram nesta segunda-feira (29) que dois barcos pesqueiros sequestrados por piratas somalis foram recuperados, um iraniano resgatado pela Marinha indiana e outro do Sri Lanka, liberado por forças especiais de Seychelles.

A Marinha indiana declarou que mobilizou seu navio de guerra INS Sumitra – que realizava uma patrulha antipirataria frente à costa leste da Somália, no Golfo de Áden – após receber um pedido de ajuda do barco pesqueiro Iman com bandeira iraniana.

“O pesqueiro foi abordado por piratas, que tomaram os membros da tripulação como reféns”, declarou o porta-voz da Marinha indiana, o comandante Vivek Madhwal, que afirmou que o navio de guerra interceptou o barco e trabalhou para “coagir” os piratas.

A embarcação “garantiu a libertação bem-sucedida dos 17 membros da tripulação junto com o barco”, acrescentou.

A forças de Seychelles liberaram um barco do Sri Lanka “atacado por piratas somalis armados”, informou nesta segunda-feira o gabinete do presidente, Wavel Ramkalawan.

O pesqueiro do Sri Lanka, Lorenzo Putha-4, foi capturado com seus seis tripulantes no sábado, a cerca de 840 milhas náuticas (1.555 quilômetros) ao sudeste de Mogadíscio, a capital somali.

Os sequestros na costa da Somália têm alimentado a preocupação sobre um ressurgimento dos ataques de piratas no Oceano Índico, aos quais se soma uma retomada de ataques de rebeldes huthis do Iêmen apoiados pelo Irã.

Huthis armados lançaram dezenas de ataques no Mar Vermelho e no Golfo de Áden contra embarcações vinculadas a Israel, em resposta à guerra com o movimento islamista palestino Hamas em Gaza.

Forças navais internacionais foram desviadas ao norte do Golfo de Áden até o Mar Vermelho, o que aumenta os temores de que os piratas aproveitem a ausência de segurança.

Os ataques de piratas em frente à costa da Somália tiveram seu auge em 2011, mas reduziram com envio de navios de guerra por forças navais internacionais e a inclusão de guardas armados por barcos comerciais.

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