O Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 1, foi lançado pela então presidente Dilma Rousseff no seu 1º mandato e deixou quase 10 mil obras paradas por falta de orçamento e projetos completos Brasil adentro. À época, a coordenadora-geral foi a atual Secretária Executiva da Casa Civil do Palácio do Planalto, Miriam Belchior, viúva de Celso Daniel. O Secretário Executivo da Secretaria de Governo, Olavo Noleto, é o subchefe do Programa. O PAC 3 foi lançado pelo presidente Lula da Silva há mais de três meses e a mesma Belchior é, agora, a coordenadora-geral. Nada saiu do papel ainda, e prefeitos e governadores continuam na expectativa. Para piorar a situação, inexistem projetos de muitas prefeituras e outros interessados parceiros privados. Faltam especialistas técnicos nos projetos e a Caixa, que banca boa parte, não tem medidores (fiscais) suficientes para a medição para o andamento das futuras obras. Ministros palacianos estão numa força-tarefa para não fazerem vergonha no chefe.

A exemplo do PAC 1, de mais de 10 anos, que deixou centenas de obras, o PAC 2 vê um desfile de mesmos personagens para tirar projetos do papel

O gosto amargo do imposto no copo

Entidades do setor de destilados batem à porta dos senadores para levar dados de campanha que alerta sobre reflexos da falta de isonomia na tributação de bebidas alcoólicas. A Associação Brasileira de Bebidas Destiladas e o Instituto Brasileiro de Cachaça apoiam a Reforma Tributária para eliminar disparidades que fomentam o mercado ilegal e prejudicam a arrecadação. Mas colegas veem resistência do senador Eduardo Braga (MDB-AM), o relator. Já o setor alega que destilados pagam 34% do IPI na praça, apesar de representarem 12,2% do mercado. Em uma comparação, os destilados pagam quatro vezes mais IPI do que a cerveja, por exemplo.

Mais de mil demitidos

De acordo com os técnicos da CGU, a maior parte das distorções está relacionada a falhas contábeis no Incra
© Iano Andrade/Portal Brasil

O Governo demitiu mais de mil servidores por corrupção nos últimos cinco anos. Os dados são da CGU. O Ministério da Previdência é reduto histórico: 232 exonerações – a grande maioria no INSS. Na Esplanada, o Ministério de Minas e Energia conta uma exoneração nesse período, na ANP. Até outubro, 188 sanções foram aplicadas em variados órgãos.

“Gás de Massa” pode ajudar o Brasil

O ministro da Economia e candidato presidencial Sergio Massa durante coletiva de imprensa em Buenos Aires, em 23 de outubro de 2023 - AFP
O ministro da Economia e candidato presidencial Sergio Massa durante coletiva de imprensa em Buenos Aires (Crédito:AFP)

O programa Novo Mercado do Gás gera expectativa imensa entre os investidores brasileiros e estrangeiros. O produto é a chave essencial para novas plantas industriais e alavancar setores variados – da cerâmica e vidro, passando pelo petroquímico até o automobilístico e aviação. No momento voltam-se as atenções para a eleição presidencial na Argentina. Sergio Massa, que avançou para o 2º turno, foi o responsável por turbinar o produto no país com gasodutos que chegam até a fronteira com o Brasil – e isso pode ajudar, e muito, nosso País na importação. Os hermanos detêm a segunda maior reserva do mundo.

Vem aí uma prestação de contas

Sede do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas
Sede do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (Crédito:Ana Cláudia Jatahy/TCE-AM)

Clima esquentou nos bastidores do Tribunal de Contas do Amazonas. Acusado pela colega da Corte administrativa, Yara dos Santos, de tê-la ofendido com palavrões, o conselheiro Ari Moutinho já preparou pedido de investigação de todos os sete colegas da Corte ao Superior Tribunal de Justiça. Na petição, Moutinho solicita a quebra de todos os sigilos bancários, fiscal e telemáticos – e até de parentes – dos conselheiros. E também os “votos cruzados”, protegendo interesses sob suspeita julgados no TCE. A turma do deixa-disso não teve sucesso. Vem uma prestação de contas, para valer.

Agora, conte para os deputados…

O deputado Kim Kataguiri (União-SP) apresentou requerimento à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle para ouvir Luiz Guimarães, CEO da Cosan. O executivo foi visto numa rodinha poderosa pregando isenção das offshore e ditando lista de concorrentes para fiscalização da Receita.

Renan cerca Braskem

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), autor da CPI da Braskem – que investigará o afetamento do solo em Maceió – vai passar pente-fino nos contratos das “partes relacionadas”, as empresas da controladora Novonor que possam ter prestado serviços à petroquímica. “Não queremos fazer nada contra ninguém. A CPI será técnica”, diz ele.

O saldo da briga

Pode-se mensurar essa briga ciumenta de ambos neste caso: Uma multinacional do setor químico quer construir planta de processamento de massa de amônia no Brasil. É coisa de US$ 2,3 bi. Mas segura o investimento diante do estranhamento entre o ministro Alexandre Silveira (MME) e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

NOS BASTIDORES

Dra. de casa nova

O escritório advocatício de Roberta Rangel, esposa do ministro Dias Toffoli, hoje entre o STJ e Câmara dos Deputados, vai se mudar para a famosa Península dos Ministros.

Verão baiano ferve

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, come o acarajé do jogo político. Acordos visando a prefeitura de Salvador devem limar do cargo o Secretário de Cultura do Estado, Bruno Monteiro. Ele e mais alguns rodam numa minirreforma no verão.

Goiabada da GKay

Pequena amostra de como o mercado de influencers famosos gera renda. Gessica Kayane, a Gkay, desceu de jatinho dia desses em São João Del Rei só para comer uma goiabada no Tragaluz de Tiradentes (MG).