O presidente da Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa a reforma da Previdência, Carlos Marun (PMDB-MS), disse que vai “correr atrás” das suas emendas do Orçamento ao ser questionado se o descontingenciamento feito pelo governo contribuiu para um maior apoio dos líderes à Proposta Emenda à Constituição (PEC). “Foram liberadas? Vou correr atrás das minhas. É uma boa notícia que tu me dá. Municípios que estão sendo beneficiados pelos meus municípios vão agradecer”, disse Marun, em conversa após a entrevista sobre mudanças na proposta.

Ele reiterou que está confiante na aprovação da reforma com votação robusta, acima de 350 votos. São necessários 308 votos para aprovação da reforma. Como mostrou na segunda-feira, 10, o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), o governo decidiu antecipar para abril e maio o desembolso de R$ 1,8 bilhão do volume de emendas parlamentares.

A liberação ocorre num momento de intensa negociação para aprovação da reforma. Portaria n.º 163 do Ministério da Fazenda publicada na segunda remanejou recursos para emendas impositivas individuais que estavam programados para serem liberados apenas em outubro, novembro e dezembro. Com isso, R$ 1 bilhão será liberado para projetos de parlamentares neste mês e R$ 800 milhões em maio.

Em reunião na segunda com bancada do PR, o relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), já havia informado aos deputados a decisão do governo de remanejar recursos do Orçamento para preservar as emendas.

Marun disse, no entanto, que na reunião do presidente com os líderes governistas, não houve demanda desse tipo.

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