Candidata ao governo do Rio de Janeiro, Marcia Tiburi (PT) não está mais no Brasil desde dezembro do ano passado. A escritora, ativista e filósofa alega que o país não era mais seguro para ela continuar fazendo o seu trabalho e optou pela saída. Ela, assim como ex-deputado Jean Wyllys (PSOL), afirma que recebeu ameaças de morte. As informações são do site Universa.
Tiburi, em entrevista ao Universa, diz que não pensa em voltar a morar no Brasil. Segundo ela, a falta de segurança, especialmente na época da campanha eleitoral e de fake news criadas contra ela. Agora, a escritora está lançando o livro ‘Delírio de Poder’, contando os bastidores de sua campanha para governadora do Rio de Janeiro pelo PT.
“A minha vida virou um inferno desde o episódio da Rádio Guaíba (quando se recusou a participar de uma entrevista com Kim Kataguiri, do DEM-SP). Você não tem ideia da quantidade de ameaça de morte que eu recebi pela internet”, conta Tiburi.
A escritora e filósofa conta que não podia mais sair de casa, que só andava de carro blindado e que seus eventos passaram a ter segurança reforçada, mas que uma manifestação do Movimento Brasil Livre (MBL) em Maringá (PR) mudou sua opinião sobre continuar no Brasil.
“Teve um momento que o MBL fez uma página sobre um evento que eu ia fazer em Maringá, queriam até proibir o evento e foi muita gente lá para me apoiar em reação. Nesse dia, estava todo mundo tão assustado que os organizadores providenciaram uma segurança armada que revistou todas as mochilas e bolsas das pessoas. Como que eu como escritora, vou viver em um lugar onde tem milícias midiáticas, milícias armadas me atacando e também atacando o conforto e a segurança dos meus leitores?”, afirmou.
Marcia Tiburi passou três meses em Pittsburgh (EUA) fazendo residência em uma universidade. No dia 14 de março, ela tem um evento em Nova York para falar em nome da vereadora assassinada Marielle Franco e depois seguirá para outros compromissos em Paris.