Eduardo Bolsonaro se licenciou da Câmara em março e nem sabe se volta ao Brasil, mas seu gabinete já empenhou R$ 17,5 milhões em emendas individuais em 2025. O valor é maior que o empenhado pelo presidente da Casa, Hugo Motta, de R$ 16 milhões, e pelo líder do PL, Sóstenes Cavalcante, que empenhou R$ 14,6 milhões.
Os dados constam da Central das Emendas, uma iniciativa da sociedade civil para fiscalizar a destinação de verbas dos parlamentares. Cada deputado tem, em 2025, o direito de destinar R$ 37 milhões em emendas individuais.
Mesmo que renuncie ou perca o mandato, as emendas já assinadas por Eduardo seguem para que os ministérios as enviem ao destino final. No caso dele, a maior parte das verbas vai para municípios paulistas, estado que o elegeu.
Entre as emendas de Eduardo Bolsonaro, R$ 2 milhões são para a área do Esporte, R$ 14,5 milhões se destinam à Saúde e R$ 400 mil, ao Exército. Quase meio milhão de reais foi enviado pelo deputado licenciado à cidade de Caçapava, no interior paulista, para fomento ao agro.
Outra bolsonarista encrencada na Justiça e licenciada da Câmara, Carla Zambelli, agora presa na Itália, empenhou quase R$ 10 milhões em emendas neste ano.