Os estudos e registros mostram que a fome e a obesidade vêm aumentando consideravelmente no Brasil. Nos últimos 2 anos, por decorrência da pandemia, esses números estão cada vez mais altos. 

Em 2013, depois de muitos esforços, o Brasil saiu do mapa da fome da OMS. Infelizmente, hoje voltamos a ele com números assustadores: 41% da população brasileira convive com a fome ou algum grau de insegurança alimentar – onde há a falta de disponibilidade e acesso aos alimentos. Metade das crianças com menos de 5 anos, vivem com restrição no acesso à alimentação adequada. 

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Por outro lado, com a mesma origem estrutural – falta de assistência básica, a obesidade vem crescendo assustadoramente. Hoje, 340 milhões de crianças e adolescentes, no mundo, apresentam algum grau de obesidade ou sobrepeso, segundo dados da OMS. No Brasil, esse número corresponde a 30% das crianças e adolescentes, ou seja ⅓ dessa população está doente.

Tanto a fome quanto a obesidade infantil têm como base para seu crescimento a pobreza e a falta de assistência. Outro número que também só aumenta no Brasil é o que denuncia a quantidade de brasileiros na linha da pobreza ou pobreza extra, que hoje somam mais de 75 milhões de brasileiros.

Nas prateleiras dos mercados, é possível perceber um aumento no custo dos alimentos in natura enquanto os ultraprocessados ficam cada vez mais baratos. Grandes marcas de ultraprocessados e a publicidade desleal colaboram imensamente para que esses números só aumentem.

O consumo de alimentos in natura e minimamente processados diminuiu cerca de 85% nas casas com insegurança alimentar. Dando espaço para os produtos ultraprocessados: miojo, biscoitos, refrigerantes…recheados de sal, açúcar e gordura. Deixando claro que o aumento da pobreza impulsiona o consumo de ultraprocessados para quem tem fome contribuindo para o aumento da obesidade. Essa é a lógica equivocada de um sistema alimentar doente.

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