Foi detectada a presença de metanol em exame de Hungria, afirma a equipe do cantor

Cantor apresenta quadro de intoxicação alcoólica e segue em recuperação, segundo equipe médica

O cantor Hungria
O cantor Hungria Foto: Divulgação.

Após um período de internação na UTI e uma série de exames, o cantor Hungria, 34 anos, recebeu um novo diagnóstico que esclarece o motivo de sua hospitalização. Os resultados indicam que o artista sofreu intoxicação por metanol, possivelmente após ingerir bebida alcoólica adulterada.

Ao ser procurada pela reportagem de IstoÉ Gente, a equipe do cantor enviou o seguinte comunicado:

“O cantor Hungria apresentou quadro compatível com intoxicação por álcool tóxico (metanol), após ingestão de bebida alcoólica possivelmente adulterada. De acordo com exames laboratoriais realizados pelo Laboratório Richet, da Rede D’Or, cujo resultado foi liberado em 6 de outubro, foi detectada a presença de metanol no sangue (0,54 mg/dL), acima do limite de referência (até 0,25 mg/dL). O resultado confirma a exposição à substância, e a equipe médica aguarda os exames de contraprova. O artista recebeu tratamento conforme protocolo médico para intoxicação por metanol, incluindo o uso de antídoto e hemodiálise precoce, medidas fundamentais para sua excelente evolução clínica. Atualmente, Hungria está em boa recuperação e retomando sua agenda de shows, permanecendo em acompanhamento médico sob os cuidados do Dr. Leandro Machado. A assessoria de imprensa do artista permanece à disposição para esclarecimentos e dúvidas adicionais.”

Veja o laudo enviado pela assessoria:

Laudo mostra resultado 'positivo' para metanol no sangue do rapper Hungria — Foto: Reprodução

Apesar da confirmação feita pela equipe do cantor, a informação diverge da declaração do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que afirmou, em entrevista ao Metrópoles, que a suspeita de contaminação por metanol havia sido descartada. Nossa reportagem tentou contato com o Ministério da Saúde, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.

Até a noite desta segunda-feira, 6, o Brasil registrava 17 casos confirmados de intoxicação por metanol, segundo balanço do Ministério da Saúde. Ao todo, o país contabilizava 217 notificações relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas.

Caso Hungria

O cantor Hungria foi internado no DF Star, em Brasília, na última quinta-feira, 2, após apresentar sintomas compatíveis com intoxicação por metanol, como dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, visão borrada e acidose metabólica.

De acordo com a equipe do artista, ele teria consumido vodca em companhia de amigos antes do surgimento dos sintomas.

Exames realizados pela Polícia Civil apontaram que as garrafas compradas por Hungria no Distrito Federal, poucas horas antes da hospitalização, não continham metanol.Ao ser admitido no hospital, o cantor passou por exames específicos para verificar a presença da substância em seu organismo. Os resultados, no entanto, só foram divulgados nesta semana.

O que disse a assessoria de Hungria na ocasião:

“Ao apresentar quadro compatível com intoxicação por álcool tóxico (metanol), Hungria havia ingerido uma bebida alcoólica possivelmente adulterada. Os exames laboratoriais realizados pelo Laboratório Richet, da Rede D’Or, e liberados em 6 de outubro, detectaram metanol no sangue do artista em concentração de 0,54 mg/dL, acima do limite de referência, que é de até 0,25 mg/dL.

Esse resultado confirma a exposição à substância, enquanto a equipe médica aguarda os testes de contraprova. O tratamento seguiu o protocolo recomendado para intoxicação por metanol, incluindo o uso de antídoto e hemodiálise precoce, ações fundamentais para a evolução positiva do quadro clínico do cantor.

Atualmente, Hungria se encontra em recuperação, retomando gradualmente sua agenda de shows, sob acompanhamento contínuo do Dr. Leandro Machado. A assessoria de imprensa permanece disponível para quaisquer esclarecimentos adicionais.”