Após o governo anunciar para 2019 o menor resultado positivo da balança comercial desde 2015, o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, disse que o foco da agenda não passa pela obtenção de saldos comerciais, mas sim pela elevação da corrente de comércio – ou seja, do volume de exportações e importações somados.

No ano passado, as vendas externas superaram as exportações em US$ 46,674 bilhões, um saldo 19,6% menor do que o registrado em 2018. Segundo o próprio Ministério da Economia, o resultado é explicado pelas quedas tanto no valor das exportações quanto das importações – ou seja, a corrente de comércio também diminuiu, de US$ 420,5 bilhões para US$ 401,4 bilhões.

Ferraz justificou, porém, que o comércio em todo o mundo tem crescido de forma mais lenta. Além disso, “choques de curto prazo” também afetaram o desempenho da balança comercial, como a crise argentina e a febre suína na China.

“O foco da agenda de comércio do governo Jair Bolsonaro não passa pela obtenção de saldos comerciais”, disse o secretário. Segundo ele, o objetivo é ampliar o grau de integração da economia com o restante do mundo, contribuindo para a elevação da produtividade. “O foco é o aumento da corrente de comércio sobre o PIB (Produto Interno Bruto)”, disse.

O secretário observou ainda que a piora no desempenho se deve muito mais à queda nos preços dos produtos do que à redução nas quantidades demandadas. No caso das exportações, a quantidade caiu 0,3%, enquanto o preço teve diminuição de 3,8%. Já nas importações, a variável preço encolheu 4,3%, enquanto as quantidades aumentaram 4,2%.

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