As primeiras semanas de 2020 têm sido agitada no estádio Orlando Scarpelli. Isso porque, após o fim da parceria com a empresa Elephant – que geriu o futebol alvinegro durante uma parte da temporada passada e afundou o clube em uma grave crise financeira – o Figueirense está passando por uma auditoria contábil e aguarda o resultado para conhecer melhor qual será o montante de sua dívida.

A expectativa da atual diretoria do time catarinense é que essa dívida não ultrapasse R$ 120 milhões. Apesar desse alto valor, o presidente interino do Figueirense, Francisco Assis, trabalha para que o clube volte a crescer. Em busca de investidores, o atual mandatário também está focado em firmar uma nova parceria para assumir a gestão do futebol e quem estaria a frente seria Paulo Prisco Paraíso, ex-dirigente do clube nos anos 2000.

Apesar de sua vontade em firmar a parceria com Paulo Prisco, que em sua visão ajudará o Figueirense, o atual presidente explicou que não depende só dele para que haja “um final feliz”.

“Tivemos mais de 10 encontros com ele e o grupo para tentar construir um modelo de gestão que pudesse contar com o Paulo Prisco. Eu, como presidente interino do clube, a minha autonomia, vou até um limite onde começa a autonomia do Conselho Deliberativo. Firmar uma parceria de médio e longo prazo será possível com anuência com o Conselho Deliberativo. Então estamos fazendo uma sintonia fina para que possa trazer uma proposta de equacionamento do Figueirense”, explicou Francisco.

A proposta do grupo é assumir o futebol do clube por um ano como experiência, com chance de renovação por mais cinco anos previsto em contrato. Apesar disso, entre outras solicitações, a empresa gestora quer receber uma compensação financeira, que pode vir de negociações de jogadores.

Paulo Prisco Paraíso foi um dos principais dirigentes do Figueirense no começo da década. Tanto que durante a sua gestão, o clube faturou três Campeonatos Catarinenses, um vice-campeonato da Copa do Brasil e o título da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em nove anos, até a sua saída em 2009.

Depois disso, ele foi dirigente do Athletico-PR por 11 anos, ajudando os paranaenses nesse crescimento nos últimos tempos.