O conselho executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou, nesta sexta-feira (12), que reconduziu Kristalina Georgieva para um segundo mandato de cinco anos à frente da instituição financeira internacional.

A decisão significa que Georgieva, que era a única candidata a comandar o FMI, seguirá no cargo quando seu atual mandato encerrar, em 30 de setembro de 2024. A decisão foi tomada por consenso, informou a organização em nota.

“Ao tomar esta decisão, o conselho reconhece a forte liderança de Georgieva durante seu mandato, superando uma série de comoções globais importantes. Georgieva liderou a resposta sem precedentes do FMI a estes choques”, declararam Afonso Bevilaqua e Abdullah BinZarah, membros do conselho citados na nota.

“Estou profundamente grata pela confiança e o apoio do Conselho Executivo do Fundo, que representa nossos 190 membros, e me sinto honrada por continuar dirigindo o FMI”, reagiu Georgieva em um comunicado publicado imediatamente após a notícia de sua permanência no cargo.

A economista búlgara, nascida em Sófia em 1953, chefia o FMI desde outubro de 2019, depois de ter sido diretora-gerente do Banco Mundial (BM) por quase três anos.

Antes de ingressar nas instituições financeiras internacionais, Kristalina Georgieva trabalhou por seis anos na Comissão Europeia, primeiro como encarregada de Cooperação Internacional durante a presidência de José Manuel Barroso, depois de Orçamento e Recursos Humanos sob o mandato de Jean-Claude Juncker, antes de se tornar vice-presidente da Comissão entre o fim de 2014 e o fim de 2016.

Esta decisão encerra o processo de nomeação do novo diretor-gerente do Fundo, iniciado em 13 de março passado e que inicialmente estava previsto para se estender até o fim de abril.

Também permite confirmar Georgieva antes do início das reuniões da primavera (boreal) do FMI e do BM, que vão começar na próxima terça com a publicação da atualização do relatório de perspectivas da economia mundial (WEO), e se estenderão até a sexta-feira.

Tradicionalmente, os países europeus propõem o diretor-gerente do FMI e os Estados Unidos, o presidente do Banco Mundial.

O sistema é questionado pelos principais países emergentes, mas a distribuição do capital destas duas instituições favorece os Estados Unidos e a UE.

Há um ano, foi nomeado o novo presidente do BM, Ajay Banga, nascido na Índia, mas com nacionalidade americana, seguindo um procedimento similar.

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