O FMI aprovou, nesta sexta-feira (9), um crédito de fundos urgentes para o Paquistão de aproximadamente US$ 1 bilhão (R$ 5,65 bilhões) e autorizou um novo resgate de 1,4 bilhão (R$ 7,9 bilhões) apesar das objeções da Índia, em meio a uma situação bilateral conflituosa.
A primeira revisão do programa com o Paquistão, aprovada pela diretoria do Fundo Monetário Internacional (FMI), permitirá um auxílio ao país, que esteve à beira de um calote em 2023, quando uma crise política agravou a recessão econômica que sofria e levou a dívida nacional a níveis terminais.
O país asiático se salvou graças a um resgate de US$ 7 bilhões (R$ 39,5 bilhões) do FMI, o 24º desde 1958.
“As autoridades [paquistanesas] demonstraram uma sólida implementação do programa, o que contribuiu para melhorar o financiamento e as condições externas, bem como a uma recuperação econômica contínua”, declarou o FMI em comunicado.
A diretoria também aprovou o pedido das autoridades para um novo programa de empréstimo de US$ 1,4 bilhão (R$ 8 bilhões), desenhado para apoiar os esforços paquistaneses ante as vulnerabilidades climáticas e os desastres naturais.
A Índia, que também representa Butão, Sri Lanka e Bangladesh na diretoria do FMI, se absteve em meio às tensões atuais com o Paquistão.
Os enfrentamentos atuais entre os dois países começaram depois que a Índia acusou o Paquistão de ser responsável pelo atentado de 22 de abril em uma parte da Caxemira sob administração indiana, no qual morreram 26 turistas, a maioria indianos, acusações que Islamabad nega.
Índia e Paquistão travaram três guerras em grande escala desde a partição britânica e a independência, duas delas por disputas sobre a soberania de Caxemira, um território que ambos reivindicam como seu e que está dividido.
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