FMI alerta que BC inglês não seja lento demais na alta de juros

FMI alerta que BC inglês não seja lento demais na alta de juros

Por David Milliken

LONDRES (Reuters) – O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu ao banco central da Inglaterra nesta terça-feira que evite um “viés de inação” quando se trata de aumentar as taxas de juros, já que prevê que a inflação britânica atingirá uma máxima em 30 anos de cerca de 5,5% no próximo ano.

O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) disse que as taxas precisarão aumentar para garantir que a inflação de preços ao consumidor –atualmente de 4,2%– retorne à sua meta de 2% nos próximos dois anos.

Mas o banco central evitou no mês passado uma elevação de taxa amplamente esperada, devido à preocupação com o impacto do fim do programa de licença de trabalho do governo, e deve fazê-lo novamente na próxima quinta-feira devido à disseminação da variante Ômicron do coronavírus.

Questionada se o BoE deveria ter aumentado as taxas em novembro, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse a repórteres que o banco central “tem trabalhado com bom senso” e observou que há uma reunião importante nesta semana.

O FMI, em um relatório anual sobre a economia britânica, disse que o BoE enfrenta dilemas difíceis, mas não deve demorar muito a subir os juros.

“Seria importante evitar o viés de inação, tendo em vista os custos associados à contenção dos impactos de segunda ordem. Uma comunicação cuidadosa seria necessária para estabelecer as bases com os mercados para movimentos de política monetária potencialmente mais frequentes”, acrescentou.

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