Por Marc Jones

LONDRES (Reuters) – Mais de uma década após a crise financeira global, um relatório mostrou que uma parcela cada vez maior do capital estrangeiro está sendo canalizada por meio de gestores de fundos e outros intermediários financeiros não bancários.

Um relatório do Comitê do Sistema Financeiro Global do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) afirmou que, em muitos países, os “investidores em carteira”, como são conhecidos, ultrapassaram os bancos como a maior fonte de crédito externo.

Outras mudanças incluíram a expansão internacional de bancos e investidores baseados em economias de mercados emergentes, o que também ampliou o papel dos investidores do setor público nos mercados de capitais internacionais.

O relatório acrescentou que, apoiados por fundamentos melhores, os fluxos de capital para países emergentes têm, em média, se mantido melhor do que para as economias avançadas nos anos desde a crise financeira global.

Olhando para o impacto da crise da Covid-19 especificamente, o documento disse que, enquanto os fluxos de portfólio para mercados emergentes inicialmente caíram com velocidade e magnitude sem precedentes, muitos países em desenvolvimento tiveram margem para manobra suficiente para suavizar o ajuste ao choque.

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Dito isso, os fluxos de entrada em mercados emergentes em geral permaneceram baixos em comparação com o tamanho de suas economia, e a frequência de interrupções repentinas nos influxos de capital para esses países não diminuiu significativamente desde a crise financeira.

A China, no entanto, se destacou como uma das poucas a ver um aumento substancial nas entradas após a crise.

O investimento estrangeiro direto, que tem sido historicamente o tipo de entrada de capital mais estável e benéfico, também foi mais afetado por estratégias financeiras e fiscais do que no passado, acrescentou o relatório.

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