Para construir uma campanha consistente e figurar entre os primeiros colocados, o Fluminense tem apostado em um estilo de jogo ofensivo e envolvente. Sob o comando de Fernando Diniz, o time não muda a sua forma de jogar, seja dentro ou fora de casa, e tem colhido frutos. No momento, é o terceiro melhor visitante com 16 pontos – atrás apenas de Palmeiras e Athletico-PR.

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Na janela de transferência, o Tricolor não foi agressivo e trouxe apenas reforços pontuais. Com isso, Diniz conseguiu manter a espinha dorsal – algo fundamental para a manutenção da equipe no G4 da competição. Além disso, o impacto da saída de Luiz Henrique não foi sentido da maneira que se esperava, já que Matheus Martins tem correspondido e se firmou na posição.

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Dentro de campo, o que se vê é uma equipe que busca propor o jogo mesmo contra adversários mais qualificados. Obter o controle da bola e intensificar o toque de bola a partir da defesa é um dos pontos altos deste elenco. O grupo abraçou as ideias de seu comandante e a união é nítida em todas as entrevistas e vídeos de bastidores.

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Em primeiro lugar, o técnico optou por formar uma base entre os titulares para implementar um estilo de jogo que agrada não só os atletas, como também o torcedor. O ‘Dinizismo’ é o assunto do momento entre os tricolores, e a esperança por títulos e alçar voos maiores tomou conta.

Por outro lado, é preciso ligar o sinal de alerta quanto a questão física dos atletas. O elenco não é tão numeroso quanto dos principais adversários e repetir constantemente a escalação pode pesar nas rodadas seguintes e afetar na campanha. Rodar algumas posições deverá ser necessário para consolidar um jogo de aproximação entre as linhas, tabelas e infiltrações rápidas.

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O equilíbrio do grupo também é um elemento chave para o bom desempenho como visitante. Atualmente, o Fluminense balançou as redes em treze oportunidades e tem o segundo melhor ataque longe de seus domínios. O sistema ofensivo tem dado conta do recado com a dupla estrangeira: Germán Cano e Jhon Arias.

Um dos grandes desafios de Diniz é mitigar a fragilidade defensiva apresentada nos trabalhos anteriores. Em pouco tempo, ele tem conseguido equilibrar o setor e a dupla Nino e Manoel encaixou. Os laterais também fazem um papel equilibrado nas subidas ao ataque e tem protegido melhor o setor. Isso se reflete nos números, visto que o time sofreu onze gols fora de casa – tendo a quarta melhor defesa.

A receita do sucesso tem sido também a recomposição para formar um time mais sólido entre as linhas. Diferentemente de sua primeira passagem à frente do Tricolor, o treinador entendeu que em um estilo dinâmico e com a intensidade atual do futebol todos precisam ajudar na marcação desde o setor ofensivo.

É, muitas vezes, através do pós-perda que os contra-ataques são encaixados e quebram as linhas adversárias. Com a visão de jogo de Ganso, que tem liberdade para flutuar, a agilidade de pontas como Arias e do jovem Matheus Martins são potencializadas. Mais que a plasticidade elogiada por Tite, Abel Braga e Neymar, o Fluminense tem sido eficiente e letal com os 30 gols de Cano.

Mesmo com a boa fase e o momento de euforia, é preciso ter os pés no chão com os recentes retrospectos do treinador. No São Paulo, em chegou a liderar o Brasileirão 2020 com larga vantagem, mas perdeu o fôlego e a regularidade e o título ficou pelo caminho. Manter a estrutura, rodar o elenco nos momentos certos e superar os obstáculos são os desafios.

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O Fluminense encara o Internacional neste domingo, às 19h, no Beira Rio. Vale destacar que o Tricolor pode ter a chance de assumir a segunda posição do Brasileirão. Para isso, o Corinthians tem que pelo menos empatar o clássico com o Palmeiras.


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