A atitude que o Fluminense demonstrou nos primeiros meses de 2021 torna-se uma referência para a conduta da equipe que está prestes a ser comandada por Roger Machado. Mesmo em meio a altos e baixos, os jogadores conseguiram se mobilizar e tornaram a vaga na Copa Libertadores viável graças a uma arrancada redentora que torna-se referência para a temporada que começará em breve.

Com sete vitórias, três empates e uma derrota, a equipe comandada por Marcão soube não esmorecer mesmo diante da forte adversidade que teve neste início de ano: a goleada sofrida por 5 a 0 para o Corinthians. O treinador tricolor, que viu a equipe obter 72% de aproveitamento em jogos neste início de ano, contou como foi a mobilização.

– Realmente foi um resultado muito duro. Sangrou, machucou bastante. Nossa equipe vinha de uma vitória importante sobre um rival (2 a 1 sobre o Flamengo). Até poderia acontecer uma derrota, mas com a gente brigando, lutando até o fim, entregando tudo dentro de campo. Desde aquele momento, resolvemos tudo em família, colocamos tudo, os jogadores se posicionaram, nos fechamos e fizemos um Fluminense com jeito de Fluminense: forte, impositivo, brigando por todas as bolas. A parceria que os meninos tinham do lado de fora conseguiram levar para dentro de campo – garantiu.

Sucessor de Odair Hellmann na campanha da edição passada do Brasileiro, Marcão valorizou a maneira como os veteranos Nenê e Fred se dedicaram para que o Fluminense evoluísse em campo.

Prestes a assumir o comando do Tricolor das Laranjeiras, Roger Machado tende a contar com a voz da experiência que o meia e o centroavante se tornaram na equipe tricolor.

– Temos Fred e Nenê para marcar em cima do goleiro, roubar a bola ali perto para fazermos o gol. E o entendimento desses dois atletas nas questões táticas foi absurda. Foi a hora que equilibramos a equipe, compactamos. O entendimento deles em ter que abrir mão de coisas que gostavam muito de fazer toda vida para marcar na intermediária, aproximas as linhas… Isso foi feito com tranquilidade por eles. E quando viram que deu certo a primeira vez, fizeram a segunda, terceira, quarta, quinta. E com a evolução dos atletas, foi grandioso tudo o que esses meninos fizeram. Aquele momento foi crucial para essa mudança de comportamento – declarou.

Prestes a passar a bola para Roger Machado, Marcão expõe sua fé no brio que o Tricolor das Laranjeiras conseguiu. Cabe ao futuro comandante honrar a expectativa gerada em torno da sequência de 2021.

– Se tiver que disputar a Pré (a fase de mata-mata da competição continental), esse time não teme mais nada. Pode jogar contra qualquer equipe, em qualquer lugar, que vão enfrentar da melhor maneira possível – garantiu Marcão.

Após Marcão deixar um legado de grandes esperanças, o Fluminense comandado por Roger Machado desembarcará em uma temporada tendo a Copa Libertadores ao horizonte com a missão de ser ainda mais aguerrido. E, principalmente, de alçar voos de proporções continentais.