O Ministério Público do Rio (MP-RJ) e a Polícia Civil apontam que a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) teria arquitetado a morte do marido, o pastor Anderson do Carmo. De acordo com as investigações, ela estaria insatisfeita com a forma com que o pastor geria o dinheiro da família.

Segundo os investigadores, as tentativas de matar o pastor começaram em maio de 2018 por meio de envenenamento. Flordelis teria tentado assassinar Aderson dessa forma ao menos seis vezes. Ela também chegou a contratar pistoleiros em outras duas oportunidades.

“Começou em maio de 2018 com tentativa de envenenamento do pastor Anderson. Era feito de forma sucessiva, gradual, cumulativa, para conduzir a morte do pastor. (Era usado) veneno, mais notadamente o arsênico, que era posto na comida e na bebida do pastor de forma dissimulada”, explicou o promotor Sergio Lopes Pereira.

Ainda de acordo com o inquérito, a deputada seria a responsável pela compra da arma usada no crime. “Ela, além de arquitetar todo esse plano criminoso, financiou a compra da arma, convenceu pessoas a praticar esse crime, ela avisou sobre a chegada da vítima ao local, e ela ocultou provas”, destacou o delegado Allan Duarte, titular da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo.

Além de Flordelis, mais dez pessoas foram denunciadas pelo assassinato do pastor na madrugada do dia 16 de junho de 2019 em Niterói. Por exercer mandato parlamentar, Flordelis não pode ser presa neste momento. Apesar disso, ela já é ré no processo e será julgada em primeira instância junto aos demais acusados pela 3ª Vara Criminal de Niterói.

* Com informações da Agência Estado