O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados ouviu nesta quinta-feira (13), por videoconferência, o depoimento da deputada Flordelis (PSD-RJ). Por mais de três horas, a congressista reafirmou que é inocente e defendeu que sofre preconceitos e está sendo injustiçada no processo. 

“Há um processo contra mim, mas eu ainda não fui julgada. Queria que vocês pensassem, refletissem, para que uma injustiça não seja cometida nesta casa”, disse a congressista. 

Flordelis rejeitou a acusação de ter mandado assassinar o marido, pastor Anderson do Carmo, por poder e dinheiro e afirmou que tem passado por problemas financeiros, pois depende do salário de parlamentar para sustentar sua família. De acordo com a deputada, as prestações do financiamento de sua casa estão sendo pagas por terceiros, porque metade de seus rendimentos seria utilizada atualmente para quitar dívidas de nove templos que foram fechados.

“Existe um pequeno grupo de falsos cristãos que querem, a qualquer custo, continuar me agredindo, continuar me rotulando de assassina, pra conquistar os fiéis das igrejas que infelizmente, eu tive que fechar”, disse.

Entenda o caso

No início deste mês, a juíza do Terceiro Tribunal do Júri de Niterói Nearis dos Santos Carvalho Arce decidiu que a deputada e mais nove acusados pela morte do pastor vão enfrentar o júri popular.

Denunciada pela morte do pastor Anderson do Carmo em junho de 2019, a parlamentar responde por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. 

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Em razão da imunidade parlamentar, Flordelis, que só pode ser presa em flagrante por crime inafiançável, cumpre medidas cautelares, sendo monitorada por tornozeleira eletrônica.


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