A produtora Flora Gil, mulher do cantor Gilberto Gil, afirmou que é contra a realizar o carnaval no Brasil em 2022 por causa da pandemia. Ela não pretende abrir o camarote Expresso 2222, um dos clássicos espaços da folia de Salvador, independentemente da decisão dos governantes. “Tenho receio de produzir uma festa tão grande com duração de uma semana, como o Camarote Expresso 2222”, disse ela, em entrevista ao jornal Correio da Bahia.

Segundo a produtora, a pandemia ainda está em uma situação instável e a realização de um evento do tamanho do carnaval pode agravar a disseminação do coronavírus. Ela se posicionou contra a realização da festa não apenas em Salvador, mas em todo o País. “A aglomeração é um multiplicador do vírus e o carnaval é uma aglomeração extraordinária”, afirmou. Embora a vacinação tenha avançado e os casos da covid-19 estejam em queda, especialistas têm ressalvas sobre liberar multidões nas ruas.

Na entrevista, Flora Gil afirmou que o carnaval é uma festa onde não é possível manter protocolos sanitários, como o uso de máscara. Ela também disse que, mesmo sabendo da importância do Carnaval para a renda de milhares de pessoas, a saúde deve ser priorizada neste momento.

Recentemente, ela esteve ao lado de Gilberto Gil em turnê na Europa, onde a situação da pandemia voltou a piorar. Alguns países, como Áustria, Holanda, Bélgica e Croácia, voltaram esta semana com medidas restritivas para o controle da pandemia. A obrigatoriedade da vacina é a medida com maior destaque.

Para Flora, essa situação mostra que a pandemia ainda não foi vencida. “Mesmo depois da vacina, em alguns países, o mar não tá pra peixe. Por isso tudo, acho que temerário contribuir para essa situação que ainda é bastante instável. Uma pena, mas é o que vejo nos noticiários e nas narrativas de especialistas em pandemia”, declarou.

O camarote Expresso 2222 teve início no Carnaval de Salvador em 1999. O camarote foi produzido durante todos os anos até o Carnaval de 2020. Em 2022, vai ser o segundo ano seguido que ele não vai ocorrer por causa da crise da covid-19.

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