ROMA, 13 DEZ (ANSA) – Uma prímula rosa, tipo de flor comum no hemisfério norte, vai simbolizar a campanha de vacinação contra o novo coronavírus na Itália, que deve começar na segunda quinzena de janeiro.
O emblema foi idealizado pelo arquiteto Stefano Boeri, que o apresentou em uma coletiva de imprensa neste domingo (13), ao lado do comissário do governo para a pandemia, Domenico Arcuri.
A imagem será acompanhada do slogan “A Itália renasce com uma flor”.
“Essa ideia de uma prímula que nos ajuda a sair de um inverno sombrio é a mensagem que queremos passar. A flor é o sinal do início da primavera, um símbolo de serenidade e renascimento”, explicou Boeri.
A vacinação começará em hospitais e asilos, provavelmente com os imunizantes da Biontech/Pfizer e da Moderna, que usam a inovadora tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) e precisam ser conservados em ultracongeladores.
Na segunda etapa, a imunização deve ser feita em cerca de 1,5 mil estandes em forma de flor que serão espalhados por toda a Itália. Essas estruturas devem ser instaladas em praças, em frente a hospitais e até em estádios.
A expectativa do governo italiano é concluir a campanha entre o fim do verão e o início do outono – no hemisfério norte, a transição entre essas estações acontece em setembro.
Por meio da União Europeia, a Itália já garantiu a compra de 202,573 milhões de doses de seis vacinas contra o Sars-CoV-2: AstraZeneca (produtora da vacina de Oxford), Biontech/Pfizer, Curevac, Johnson & Johnson (dona da Janssen), Moderna e Sanofi-GSK.
Esse número é suficiente para imunizar mais que o dobro da população italiana (60,4 milhões de pessoas), levando em conta que foram encomendadas 53,84 milhões de unidades de uma vacina de dose única (Janssen) e 148,733 milhões de unidades de vacinas de dose dupla.
A Itália é um dos países mais atingidos pela pandemia em todo o mundo e soma mais de 1,8 milhão de casos e cerca de 64 mil mortes, segundo o Ministério da Saúde. (ANSA).