Aos 16 anos, Flor Gil faz parte de uma família de grandes nomes no entretenimento brasileiro e mundial: neta do veterano Gilberto Gil, sobrinha de Preta Gil e filha da Bela Gil. Apesar disso, ela não se sentiu nem um pouco pressionada ou assustada ao lançar seu primeiro álbum, “Cinema Love”.
“Foi algo muito natural, desde sempre”, conta ela, durante entrevista à IstoÉ Gente. “Eu sempre admirei muito essas grandes celebridades em família, fui muito inspirada por eles o tempo todo. Desde pequena eu lembro de falar ‘nossa, quando eu crescer eu quero ser igual a minha tia Preta.'”
“Desde pequena, eu estava ao lado da minha mãe, na cozinha, no programa dela, na produção com minhas tias ou no palco com meu avô. Então, foi algo muito natural, não senti pressão. Foi algo que veio de mim mesma, um desejo meu.”
Ela explica que, dessa forma, o seu disco acaba sendo bastante intimista: “Comecei na minha própria onda, pra depois ir me encontrando também ao lado da minha família Realizei uma das minhas expectativas, que era fazer algo muito eu, um lado meu que eu não divido com ninguém. E também, algo numa homenagem a todas essas influências e inspirações”.
Amor pela música
A primeira vez que Flor subiu ao palco foi ao lado do avô. Aos dez anos, ela decidiu mostrar seu talento cantando o single em inglês do veterano, “Goodbye My Girl”, que desde então se tornou um clássico entre ele e a neta.
“Todo ano depois daquilo, eu fico assim com ele, cantando músicas dele. E aí, aos pouquinhos, eu fui fazendo mais coisas. Eu virei backing vocal”, relembra. “No lançamento de ‘Hell No’ [canção do seu disco], fiz uma festa de lançamento e ele cantou comigo, foi fofo. Quero muito cantar com ele de novo, só uma questão de tempo.”
“Eu vou para o Brasil agora, fazer show em São Paulo, Rio e Salvador, e estou muito animada, vai ser algo diferente. Quero mostrar meu disco, cantar mais coisas. Eu sinto muito prazer em fazer isso, estou ansiosa para ver a recepção das pessoas.”
“Estou nervosa”, continua sobre suas apresentações. “Inclusive meu avô [também fica] quando ele vai subir no palco. A mão dele ainda fica gelada. Então é algo muito natural. Nenhum artista sobe no palco sem um frio na barriga, é essencial. O medo faz acontecer.”
Preta Gil
A cantora também falou sobre sua relação com a tia Preta Gil desde a ida dela aos Estados Unidos, em junho deste ano, em buscada um tratamento contra um câncer.
“Ela tá fazendo tratamento em Washington. Mas ela fica em Nova York, onde eu moro. A gente, por coincidência, tá muito perto. Meu apartamento é super perto de onde ela tá. A gente sempre teve uma relação muito próxima”
“Teve um momento que a gente se desaproximou, porque morar em um outro lugar muda tudo. Apesar de manter contato no telefone, mensagem e ligação, é diferente ter aquele contato físico”, explica “Mas desde que ela veio para cá, eu não me desgrudei dela. E se eu pudesse, estaria com ela no meio do tratamento.”
“Ela tem muita gente perto dela”, continua. “Muitas pessoas de confiança. Mas sempre, todos os dias que eu estava indo pra escola voltava pra casa e ia lá ver ela, ficar com ela e dar comida pra ela e ver uma série juntas.”

Reprodução/Instagram
“Quando eu comecei a compor, eu lembro que tinha uma música que falava: ‘Seu cheirinho é tão bom’. Eu estava cantando e ela escutou e disse: ‘Mas… Como é que alguém falar pra você: Nossa, seu cheirinho é tão bom? Você tem 13 anos, menina'”, relembra, divertida.
“Eu sempre me inspirei muito nela, sempre coloquei ela num lugar muito de ídolo. Ao mesmo tempo que ela é minha tia, ela é uma celebridade que eu admiro muito.”
** Estagiária sob supervisão