Desde 2003, a Flip, Festa Literária Internacional de Paraty, se firmou como o evento do gênero com maior glamour no Brasil. Cumpriu o papel de divulgação da cultura letrada e inspirou festivais semelhantes, mas esgotou a fórmula. Devido a isso e à redução em 20% da verba de patrocínio, os organizadores repensaram o modelo da festa. Sua 15ª edição conta com um orçamento de R$ 5,7 milhões — em 2016, eram R$ 6,8 milhões —, o que levou ao desmanche da Tenda dos Autores e à transferência das mesas de discussão para a Igreja da Matriz, onde foi montado um auditório. A plateia presencial foi reduzida de mil espectadores para apenas 150 pessoas. Telões e um palco instalado na praça em frente à igreja terão o desafio de satisfazer os habituais 20 mil visitantes.

O patrono deste ano é o escritor carioca Lima Barreto (1881-1922), pioneiro no romance de tese. Inspiradas nele, as mesas discutem os rumos da literatura alternativa, da escapista à feminista, sem ignorar a politicamente engajada. Shows e performances irão se entremear aos debates. De quarta-feira 26, a domingo 30, no centro de Paraty (RJ).