O empresário Flávio Rocha acaba de renunciar à sua pretensão de ser candidato a presidente da República. Dono da Riachuelo, uma das maiores empresas do setor de moda do País, ele agora abre espaço para que o PRB, seu partido, apoie outro candidato de centro com maiores chances de vencer a disputa. Suas ideias liberais na economia se aproximam mais de candidatos como Geraldo Alckmin (PSDB) ou Álvaro Dias (Podemos), mas no passado ele chegou a flertar inclusive com o deputado Jair Bolsonaro (PSL). Afastou-se do ex-capitão do Exército quando percebeu que ele não era liberal e que defendia um estado forte, nacionalista.

Flávio Rocha é um empresário que deseja que o Estado funcione como sua empresa, onde os gastos não podem superar as receitas. Em sabatina na redação da ISTOÉ, em junho, o empresário defendeu que o governo deve se comportar como uma empresa, onde o cliente sempre tem razão. Ou seja, o cidadão brasileiro que demanda pelos serviços públicos, deve ser atendido com toda atenção pelo poder público, que lhe dê saúde, educação e segurança, enquanto que investimentos em grandes obras, como estradas, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos devem ser feitos pela iniciativa privada.

Ao abandonar sua candidatura, Flávio Rocha certamente dedicará seu tempo a rodar o país em campanha para ajudar o candidato que escolher para divulgar suas ideias liberais e conceitos de que só a livre iniciativa poderá salvar investimentos em obras essenciais. Na sabatina na ISTOÉ em junho, Rocha resumiu seu pensamento: “O desinfetante natural contra a corrupção é a ação do livre mercado”.No Estado de São Paulo, ele certamente estará ativo na campanha de João Doria para governador, seu amigo íntimo.

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