Escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como pré-candidato à Presidência da República em 2026, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) definiu a aprovação da anistia no Congresso Nacional como uma das prioridades. Ele disse que pretende trabalhar pela aprovação da proposta ainda no final deste ano e pediu ajuda de lideranças partidárias.
“O primeiro gesto que eu peço a todas as lideranças políticas que se dizem anti-Lula é aprovar a anistia ainda este ano. Espero não estar sendo radical por querer anistia para inocentes. Temos só duas semanas, vamos unir a direita”, afirmou no X neste sábado, 6.
A escolha por Flávio
Anunciado na sexta-feira como representante de Jair Bolsonaro no pleito no ano que vem, Flávio anunciou “se colocar diante de Deus” para cumprir a missão de dar continuidade ao projeto político liderado pelo ex-presidente.
Segundo Flávio, sua decisão decorre da percepção de que o país enfrenta um cenário de “instabilidade e desânimo”, o que, em sua avaliação, exige ação imediata. Ele declarou não estar disposto a assistir passivamente ao que considera um “enfraquecimento da confiança das famílias e das instituições democráticas”.
A oficialização ocorre em meio a uma crise interna no grupo bolsonarista, que enfrenta uma lacuna na liderança. A tensão se intensificou após o diretório do PL no Ceará manifestar apoio a uma possível candidatura de Ciro Gomes (PSDB), movimento que provocou reação negativa de aliados. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro criticou publicamente a posição do partido, o que desencadeou atritos com os filhos de Jair Bolsonaro. Após reunião na última terça-feira, 2, o PL decidiu suspender o apoio a Ciro.