22/02/2022 - 6:13
A Receita Federal destacou cinco servidores por quatro meses para apurar uma acusação feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL), filho 01 do presidente Jair Bolsonaro (PL), de que teria tido seus dados fiscais acessados e repassados de forma ilegal ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), o que deu origem ao caso das “rachadinhas”.
Ação está registrada em documentos inéditos que o jornal Folha de S.Paulo teve acesso, e que mostram a utilização da máquina pública federal para a estratégia de defesa de Flávio.
Ainda segundo a Folha, Flávio e seus advogados buscaram ajuda de órgãos do governo federal para tentar reunir provas com o intuito de anular as investigações da suspeita de que ele comandava um esquema de desvio de parte dos salários de servidores do seu gabinete enquanto era deputado estadual no Rio.
De outubro de 2020 a fevereiro de 2021 a Receita deslocou dois auditores-fiscais e três analistas tributários para apurar o requerimento apresentado por Flávio ao então secretário especial da Receita, José Barroso Tostes Neto.
Flávio pediu que se apurasse “com máxima urgência” a identificação de auditores que, desde 2015, acessaram seus dados fiscais, de sua mulher, e de empresas a eles relacionadas. A tese era de que esses servidores vasculhavam de forma ilegal os dados de Flávio e de sua família e repassassem informações ao Coaf (Conselho de controle de Atividades financeiras).