A partida de volta entre Corinthians e Flamengo, pela semifinal da Copa do Brasil, terminou em 0 a 0. Com o resultado, o Flamengo se classifica para a final.

O Flamengo segurou a pressão do Corinthians, na Neo Química Arena, mesmo com um jogador a menos. O atacante Bruno Henrique foi expulso aos 27 minutos do primeiro tempo. O atacante acertou uma solada na cabeça do lateral Matheuzinho e recebeu o cartão vermelho.

Na decisão, o Flamengo enfrentará o Atlético-MG, que eliminou o Vasco. As finais estão marcadas para os dias 3 e 10 de novembro.

Na quinta-feira, 24, o Corinthians enfrentará o Racing pela Copa Sul-Americana, fazendo o jogo de ida das semifinais, na Neo Química Arena. Já o Flamengo terá a semana inteira para se preparar para o jogo contra o Juventude, marcado para o sábado, 26, no Maracanã.

Corinthians x Flamengo
Bruno Henrique foi expulso após solada em cabeça de Matheuzinho. (Crédito:Reprodução/TV Globo)

O jogo

Como havia ganhado o jogo de ida no Maracanã por 1 a 0, o Flamengo jogou com o regulamento no braço e o fez com eficiência. Não deu espaços para o Corinthians, quebrou o ritmo de jogo no momento em que os paulistas eram melhores e segurou o empate sem gols na Neo Química Arena, onde 46 mil corintianos se calaram ao apito final.

O Corinthians careceu de criatividade e não encontrou soluções para vencer a defesa armada com inteligência pelo técnico Filipe Luís. Também foi inferior fisicamente e mentalmente em relação ao Flamengo, que jogou como se estivesse em casa. Cadenciou quando precisou e acelerou quando era necessário.

Foi mais brigado e disputado do que jogado o duelo que definiu o último finalista da Copa do Brasil. Sobretudo no primeiro tempo, foram mais discussões, faltas e erros, geralmente fruto de nervosismo e ansiedade, do que bom futebol, como até era esperado, dada a importância da partida.

Desde o primeiro minuto, o Corinthians foi quem mais tentou e criou. Teve robusto volume de jogo, no entanto, encontrou uma fortaleza à sua frente que não conseguiu derrubar por falta de criatividade e por competência do adversário.

O Flamengo se fechou e se armou para contra-atacar. Até achou um gol, que deixaria sua missão facilitada, mas Alex Sandro estava impedido por alguns centímetros, como apontou o VAR ao árbitro Anderson Daronco, que anulou o lance.

Quando Bruno Henrique foi expulso por acertar a sola da chuteira na cabeça de Matheuzinho aos 27 minutos do primeiro tempo, os mais de 46 mil corintianos nas arquibancadas da Neo Química Arena se animaram, mas o Flamengo se fechou ainda mais com o zagueiro Fabrício Bruno no lugar do apagado Gabigol e permitiu poucas chances ao Corinthians.

A partida decisiva continuou nervosa no segundo tempo. O Corinthians passou a criar mais e se abriu sem um volante, José Martínez, e com um meia-atacante, o peruano Carrillo, em campo. Os anfitriões incomodaram mais os visitantes, intensificaram a pressão e tentaram de diferentes maneiras chegar ao gol do rival, com arremates de fora da área, lançamentos, cruzamentos e ultrapassagens. O problema é que, ansioso, o time alvinegro errou bastante no momento de definir as jogadas.

À medida que o tempo passava, aumentavam a tensão e a apreensão nos corintianos, enquanto se mantiveram seguros e tranquilos os flamenguistas, competentes na missão de não deixar o rival jogar, mesmo com dez jogadores em campo.

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 0 X 0 FLAMENGO

CORINTHIANS – Hugo Souza; Matheuzinho (Giovane), André Ramalho, Gustavo Henrique (Félix Torres) e Matheus Bidu; José Martínez (Carillo), Charles (Igor Coronado) e Rodrigo Garro; Talles Magno (Pedro Henrique), Romero e Yuri Alberto. Técnico: Ramón Díaz.

FLAMENGO – Rossi, Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro (Ayrton Lucas); Erick Pulgar, De la Cruz (Alcaraz), Gerson e Arrascaeta (Plata); Gabigol (Fabricio Bruno) e Bruno Henrique. Técnico: Filipe Luís.

CARTÕES AMARELOS – Gustavo Henrique, Gerson, Alex Sandro, Pedro Henrique e Erick Pulgar.

CARTÃO VERMELHO – Bruno Henrique.

RENDA – R$ 3.023.876,00.

PÚBLICO – 46.426 torcedores.

ÁRBITRO – Anderson Daronco (RS).

LOCAL – Neo Química Arena, em São Paulo (SP).